Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre vazamento
das conversas
O Palácio do Planalto informou nesta segunda que
o presidente Jair Bolsonaro não vai comentar o vazamento de supostas conversas
entre o ministro Sergio Moro e procuradores da Lava Jato, divulgadas pelo The
Intercept Brasil. Uma reportagem publicada pelo site de notícias revelou
trechos de mensagens atribuídas a Moro e a membros da força-tarefa da operação
que apontariam para uma suposta “colaboração proibida” entre o então juiz
federal da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba e os procuradores. Bolsonaro e
Moro deverão se reunir amanhã (11), no Palácio do Planalto, para tratar do
assunto.
"Em relação às notícias referentes ao
vazamento de informações sobre a Operação Lava Jato, o presidente da República
não se pronunciará a respeito do conteúdo de mensagens e aguardará o retorno do
ministro Moro para conversar pessoalmente, em princípio amanhã", informou
o porta-voz da Presidência da República, Octávio Rêgo Barros.
Segundo o porta-voz, só a partir da conversa com
Moro é que o presidente deverá definir o que fazer em relação ao caso, para que
o episódio não atrapalhe os planos do governo para retomar a economia do país.
"A importância (dessa reunião) é o
presidente conhecer, do próprio ministro Sérgio Moro, sua percepção e, a partir
dessa conversa, traçar linhas de ação e estratégias para avançar no sentido de
que tenhamos o país no rumo certo, em particular, no tema economia e,
obviamente, outros temas que possam estar tangenciando esse tema e precisam ser
solucionados o mais rapidamente possível", disse.
Questionado sobre eventual possibilidade de
afastamento de Moro do cargo, Rêgo Barros foi taxativo: "jamais foi tocado
neste assunto".
Pacto
entre Poderes
O porta-voz do governo informou que
representantes dos três Poderes da República deverão assinar, na semana que
vem, um pacto de entendimento com metas e ações que as instituições
vão buscar, em conjunto, em favor da retomada do crescimento do país. A
carta-conjunta estava prevista para ser assinada essa semana, mas Otávio Rêgo
Barros disse que o texto ainda passa por ajustes.
"O presidente e ministros do governo, em
especial, o ministro Onyx Lorenzoni, mantém um intento de buscar um pacto para
que as principais necessidades da população brasileira sejam colocadas em
prioridade nas discussões e decisões dos três Poderes nacionais. Em relação ao
prazo, nós temos uma previsão, ainda a confirmar-se, de que na semana que vem,
a efetivação desse pacto se faça por meio da firma do documento",
informou.
Por R7
Correio do Povo
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