Samu e
Prefeitura de Praia Grande haviam confirmado gravidez de mulher.
Raio matou quatro pessoas em praia do município do litoral paulista.
Raio matou quatro pessoas em praia do município do litoral paulista.
Exame desmente versão de que
Kátia estava grávida (Foto: Reprodução/Facebook)
Exames
feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) de Santos, no litoral de São Paulo,
constataram que Kátia Boaretto, que morreu após ser atingida por um raio em Praia Grande,
na tarde desta segunda-feira (29), não estava grávida. A informação contradiz a
versão passada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pela
Prefeitura de Praia Grande.
Kátia
estava na praia com o marido, Luciano D'Alessandro, e com seus tios, Zenildo
Tadeu Vieira, coronel aposentado da Polícia Militar, de 69 anos, e Andrea
Boaretto, de 41. Os quatro sofreram paradas cardiorrespiratórias após serem atingidos
pela descarga elétrica, chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.
Tragédia
O incidente com um raio que matou quatro pessoas em Praia Grande foi o segundo caso com o maior número de vítimas fatais simultâneas envolvendo o fenômeno no país. Os dados foram divulgados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), órgão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O caso com mais vítimas fatais atingidas por um raio no Brasil aconteceu na década de 30, também na Baixada Santista, em Santos, quando seis pessoas morreram.
O incidente com um raio que matou quatro pessoas em Praia Grande foi o segundo caso com o maior número de vítimas fatais simultâneas envolvendo o fenômeno no país. Os dados foram divulgados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), órgão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O caso com mais vítimas fatais atingidas por um raio no Brasil aconteceu na década de 30, também na Baixada Santista, em Santos, quando seis pessoas morreram.
No
total, 49 raios atingiram as cidades de Praia Grande e Santos durante a
tempestade desta segunda-feira, entre 14h e 17h. O Brasil é o país com a maior
incidência do fenômeno no mundo, com 50 milhões de raios por ano.
Guarda-sol pode ter atraído
raio que matou família em Praia Grande (Foto: G1)
Guarda-sol
Autoridades envolvidas no atendimento às vítimas explicaram o incidente para a imprensa em uma entrevista no auditório do Hospital Irmã Dulce, no bairro Boqueirão. O guarda-sol sob o qual o grupo se abrigou durante a tempestade pode ter atraído a descarga elétrica.
Autoridades envolvidas no atendimento às vítimas explicaram o incidente para a imprensa em uma entrevista no auditório do Hospital Irmã Dulce, no bairro Boqueirão. O guarda-sol sob o qual o grupo se abrigou durante a tempestade pode ter atraído a descarga elétrica.
O
capitão acredita que a falta de informação com relação aos perigos de descargas
elétricas contribuiu para a tragédia. "Nesse caso, não acredito que houve
imprudência. Acredito que, de um modo geral, falte informação à sociedade. Eles
se abrigaram sob um guarda-sol, objeto que atrai raios, assim com as árvores.
Imediatamente após o fato, ainda era possível encontrar pessoas na faixa de
areia, sob lugares que atraem raios", afirma.
Vídeo
O internauta Marcelo Vianna estava no local e fez imagens da equipe do Corpo de Bombeiros tentando reanimar as vítimas. O flagrante mostra a ação dos homens da corporação, que tentam fazer massagem cardíaca, e várias pessoas em volta. A testemunha enviou o vídeo por meio da plataforma colaborativa. VC no G1.
Vídeo
O internauta Marcelo Vianna estava no local e fez imagens da equipe do Corpo de Bombeiros tentando reanimar as vítimas. O flagrante mostra a ação dos homens da corporação, que tentam fazer massagem cardíaca, e várias pessoas em volta. A testemunha enviou o vídeo por meio da plataforma colaborativa. VC no G1.
As vítimas
A polícia identificou ainda na segunda-feira que as quatro vítimas da queda de raio em Praia Grande eram da mesma família. Luciano D’Alessandro e Kátia Boaretto moravam em Jacareí, cidade da região do Vale do Paraíba. Já o coronel aposentado da Polícia Militar Zenildo Tadeu Vieira e a esposa, Andrea Boaretto, eram da capital paulista. Um parente do casal Kátia e Luciano afirmou que eles passavam férias em Praia Grande.
A polícia identificou ainda na segunda-feira que as quatro vítimas da queda de raio em Praia Grande eram da mesma família. Luciano D’Alessandro e Kátia Boaretto moravam em Jacareí, cidade da região do Vale do Paraíba. Já o coronel aposentado da Polícia Militar Zenildo Tadeu Vieira e a esposa, Andrea Boaretto, eram da capital paulista. Um parente do casal Kátia e Luciano afirmou que eles passavam férias em Praia Grande.
Quatro pessoas da mesma
família morreram atingidas por um raio (Foto: Reprodução/Facebook)
Além
das vítimas fatais, outras quatro pessoas foram atingidas durante o incidente,
sendo que uma encontra-se internada em estado estável, a ambulante de Praia
Grande Regina Célia Freitas Nogueira, de 51 anos. Uma mulher e suas duas
filhas, turistas de Franca, no interior paulista, estão fora de perigo. Elas
passaram por avaliação buco-maxilo-facial no Hospital Irmã Dulce, por
apresentarem ferimentos no rosto, e foram liberadas.
Enterros
O casal Kátia e Luciano, que morreu após ser atingido pelo raio, será velado e enterrado nesta terça-feira (30) em São José dos Campos (SP). O velório acontece na Urbanizadora Municipal (Urbam), na Vila Industrial, e o enterro no cemitério Horto São Dimas, às 16h.
O casal Kátia e Luciano, que morreu após ser atingido pelo raio, será velado e enterrado nesta terça-feira (30) em São José dos Campos (SP). O velório acontece na Urbanizadora Municipal (Urbam), na Vila Industrial, e o enterro no cemitério Horto São Dimas, às 16h.
Já
os corpos do casal Andrea e Zenildo são velados no Batalhão da Polícia Militar
de Tremembé, e o enterro será no Cemitério Chora Menino, no bairro Santana, na
capital paulista, às 16h30.
Dona de quiosque relata
susto no momento em que raio atingiu praia
Foto: LG Rodrigues/G1
Testemunhas
A dona do quiosque próximo de onde o raio caiu relatou os momentos de pânico vividos por quem estava no local. Helena Motta afirma que ouviu um barulho parecido com o de uma explosão, instantes antes das pessoas caírem no chão. "Na hora não consegui pensar em nada. Teve um barulho parecido com uma explosão e vi o raio descendo, antes de um clarão. No momento em que isso aconteceu, eram mais de 20 pessoas no local, entre as que voltavam do mar e as que estavam onde o raio caiu", afirma.
A dona do quiosque próximo de onde o raio caiu relatou os momentos de pânico vividos por quem estava no local. Helena Motta afirma que ouviu um barulho parecido com o de uma explosão, instantes antes das pessoas caírem no chão. "Na hora não consegui pensar em nada. Teve um barulho parecido com uma explosão e vi o raio descendo, antes de um clarão. No momento em que isso aconteceu, eram mais de 20 pessoas no local, entre as que voltavam do mar e as que estavam onde o raio caiu", afirma.
A
comerciante disse que ficou paralisada após a descarga e começou a reunir as
pessoas que conseguiram correr para dentro de seu estabelecimento. "Eu não
quis ir ver, porque tinha até uma pessoa com uma parte do rosto toda escura,
parecia queimado ou sangue. Não dava para saber com certeza", afirma.
Quiosque próximo de onde
turistas morreram no litoral de SP
Foto: LG Rodrigues/G1
Helena
diz que nunca presenciou algo parecido antes. "Algumas pessoas chegaram
chorando depois do raio. Na hora, o pessoal ficou em pânico. Foi quando os
bombeiros chegaram com macas, trouxeram viaturas. Infelizmente é triste",
conclui.
O
metalúrgico André de Almeida também presenciou o incidente. "Meu irmão
entrou na água, como ele tem um problema, fui com ele. O raio caiu na beirada
da praia e todo mundo foi para o chão. Quem mais sofreu foi o idoso, porque ele
caiu e na hora ficou com os olhos arregalados. A menina que estava com ele já
começou a sangrar pelo nariz. Um parente meu chegou a desmaiar após o impacto
do raio. Já estava trovejando bastante antes do raio cair. O tempo
fechou", relata.
Fonte:
Do G1 Santos
Atualizado em 30/12/2014
16h01
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