Ato foi prestigiado
por uma série de magistrados e de representantes de outras entidades
Manifestação do juiz Fernando Vieira dos Santos
O
salão do Júri do fórum da comarca de Três Passos esteve lotado na tarde desta
sexta-feira (02/05), para acompanhar o ato em solidariedade ao juiz Fernando
Vieira dos Santos e aos familiares do menino Bernardo Uglione Boldrini.
A
iniciativa foi proposta pela Ajuris – Associação de Juízes do Rio Grande do
Sul, como uma forma de responder às afirmações feitas pelo deputado estadual
Marlon Santos (PDT), ouvidor-geral da Assembleia Legislativa, colocando sob
suspeição o trabalho do magistrado no caso Bernardo Uglione Boldrini. O juiz
Fernando Vieira responde pela Vara da Infância e da Juventude na comarca de
Três Passos.
Cerca
de 30 juízes de diversas comarcas da região Noroeste estiveram presentes, assim
como o presidente da Ajuris, Eugênio Couto Terra e o vice-presidente da
associação, Gilberto Schäffer. Representantes do Ministério Público, da OAB, da
Polícia Civil, dos Municípios que compõe a comarca (Bom Progresso, Esperança do
Sul, Tiradentes do Sul e Três Passos) e da rede de proteção à infância e
juventude, como Conselho Tutelar e Cededica, prestigiaram o ato.
Manifestações de solidariedade destacaram competência,
responsabilidade e comprometimento do juiz em sua carreira
A
promotora de Justiça de Três Passos, Dinamárcia Maciel de Oliveira, destacou
que o juiz Fernando era o magistrado mais comprometido para as causas da
infância e da juventude com que já trabalhou em sua carreira.
O
juiz Marcos Luís Agostini, que responde pela 1ª Vara Judicial da comarca de
Três Passos, reforçou a satisfação que tem em trabalhar ao lado do juiz
Fernando. Para o magistrado, os 10 anos em que Fernando está atuando no
município servem de comprovação da admiração e respeito que ele possui da
comunidade e dos servidores do fórum.
Na
manifestação da juíza Catia Paula Saft, da comarca de Horizontina, que deu
posse a Fernando na comarca de Três Passos; e também nas falas da delegada
regional da Polícia Civil, Cristiane de Moura e Silva Braucks, e do comandante
do 7º BPM, major Diego Munari, o juiz Fernando foi descrito como um
profissional altamente comprometido com a causa social e de atuação responsável
e competente.
O
vice-presidente da Ajuris, Gilberto Schäffer, referiu que a postura do juiz
Fernando ao longo de sua carreira, é um exemplo de comprometimento e retidão
para a magistratura estadual.
O
presidente do Lar Acolhedor de Três Passos, Jorge Miguel Gonçalves Barcellos,
que coordena a casa de passagem que atende crianças em situação de risco
familiar, disse que acompanha o dia-a-dia do trabalho do juiz Fernando e sabe
de sua dignidade e trabalho responsável no que diz respeito às crianças que
integram o Lar Acolhedor.
Quem
também se manifestou foi o professor da Unijuí e advogado, Joaquim Henrique
Gatto. Ele foi colega de Fernando na graduação universitária e deu seu
testemunho da competência e humildade que o juiz sempre demonstrou.
Juiz Fernando reafirma que agiu dentro da lei e buscando o
restabelecimento do vínculo familiar
Bastante
emocionado, o juiz Fernando Vieira dos Santos finalizou o ato, agradecendo as
palavras de todas as pessoas que o antecederam e a presença de todos,
principalmente de sua esposa, de seus pais e de seu casal de sogros.
“A
dor maior neste momento é a morte do menino Bernardo. Não estamos aqui para nos
fazer de falsas vítimas, mas apenas para restabelecer a verdade, para
desmantelar toda e qualquer mentira”, destacou.
O
magistrado reafirmou aquilo que já havia manifestado em entrevistas à Rádio
Alto Uruguai, de que agiu de acordo com a lei, com a sua consciência e com seus
sentimentos neste caso, buscando restabelecer o vínculo afetivo e familiar do
menino Bernardo com sua família.
“Sinto
a mesma dor que todos da comunidade estão sentindo com esta morte. E também
sinto dor por estar sendo atacado tão maliciosa e mentirosamente”, referiu.
O
juiz também disse que tentou entender o problema e dar a melhor solução à
questão. “Eu expliquei o que eu fiz. Eu não ataquei ninguém. Apenas expliquei o
que fiz e como agi”.
O
juiz fez questão de prestar seu reconhecimento ao trabalho da delegada de
polícia Caroline Bamberg Machado e de sua equipe, que estavam presentes ao ato,
assim como da promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira.
“Vamos
deixar que a justiça aconteça”, finalizou sua fala o juiz Fernando.
Entenda a situação
O
deputado estadual Marlon Santos (PDT), ouvidor-geral da Assembleia Legislativa,
esteve em Três Passos segunda e terça-feira desta semana, para colher
depoimentos de pessoas da comunidade e de representantes de entidades da rede
protetiva da criança e do adolescente.
Ao
final dos trabalhos, em manifestação para a imprensa, chegou a afirmar que o
juiz Fernando Vieira dos Santos, que é responsável pela 2ª Vara Judicial da
comarca e pela Vara da Infância e da Juventude, e sua esposa, que é servidora
da Justiça Estadual e trabalha no foro de Três Passos, estariam sob suspeição e
impedidos de atuar no caso da morte do menino Bernardo, por uma suposta ligação
parental ou de amizade sua ou de sua esposa, com a família Boldrini.
As
declarações foram fortemente rechaçadas pelo magistrado, ainda na terça-feira,
com a comprovação de que não existia qualquer tipo de ligação familiar de sua
esposa com uma cunhada do médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo Uglione Boldrini
e que está preso, sendo um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do
menino. O juiz chegou a entregar uma nota à imprensa para comprovar suas
declarações.
Manifestação da juíza Cátia Paula Saft
Delegada regional da Polícia Civil, Cristiane de
Moura e Silva Braucks
Major Diego Munari, comandante do 7º BPM
Gilberto Schäffer, vice-presidente da Ajuris
Jorge Miguel Barcellos, presidente do Lar
Acolhedor
Professor da Unijuí e advogado Joaquim Henrique
Gatto
Manifestação do presidente da Ajuris, Eugênio
Couto Terra
Juiz Marcos Luís Agostini, que reponde pela Vara
Criminal na comarca de Três Passos
Fonte/Fotos: Rádio Alto Uruguai
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