Uma nota divulgada pelo Conselho Federal de Serviço Social
(CFESS) e pelo Conselho Regional de Serviço Social do Rio Grande do Sul
(CRESS-RS) na última sexta-feira, 13, esclarece que Edelvânia Wirganovicz,
acusada de participação na morte de Bernardo Uglione Boldrini, não é assistente
social.
Confira nota na íntegra
O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e o Conselho
Regional de Serviço Social do Rio Grande do Sul (CRESS-RS) são autarquias
federais com a função de orientar, fiscalizar e normatizar o exercício profissional
de assistentes sociais no Brasil, bem como de apurar, com rigor, as violações
ao Código de Ética do/a Assistente Social, cometidas no exercício profissional,
que venham a ser de seu conhecimento.
Nesse sentido, o CFESS e o CRESS-RS vêm a público informar que
Edelvânia Wirganovicz, supostamente envolvida na trágica morte do menino
Bernardo Boldrini no Rio Grande do Sul, não é assistente social, uma vez que
não possui inscrição ativa no CRESS-RS, requisito indispensável para o
exercício da profissão, conforme regulamentação da Lei Federal nº 8662/93.
Ou seja, somente pode-se designar “assistente social” a pessoa
que, após concluir o curso de graduação em Serviço Social, tenha registro ativo
no Conselho Regional de Serviço Social de sua área de atuação.
Comunicamos ainda que os conselhos profissionais só possuem
poder de fiscalização, processante e punitivo em relação a profissionais com
inscrição ativa nos CRESS competentes. Dessa forma, o CFESS e o CRESS-RS,
embora lamentem profundamente os fatos ocorridos em Três Passos (RS), não
possuem competência para atuar neste caso, na esfera da ética profissional,
considerando que Edelvânia Wirganovicz não é assistente social e que o crime,
se comprovado, não tem qualquer relação com o exercício profissional do/a assistente
social, motivo pelo qual a apuração dos fatos é de competência da autoridade
policial.
Entenda o caso
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de
abril, uma sexta-feira, em Três Passos. Na noite de segunda-feira, 14, o corpo
do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco
plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São
Francisco, interior do município.
Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto
com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado
na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini, a madrasta
e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos.
Evandro Wirganovicz, irmão de Edilvânia, também foi preso acusado de participar
da ocultação do cadáver.
Fonte: Três
Passos News | Foto: Facebook/Reprodução
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