Casal foi queimado dentro de geladeira | Foto: Masutti.blogspot
O Ministério Público denunciou na
segunda-feira, 19, Marli Machado Martins e Valdir Ribeiro de Carvalho (presos
preventivamente), além de Michele Martins Justo, Ronaldo Behenck Justo, Isaías
Borges Zvoboda e Anderson de Oliveira Cardoso pelo sequestro e morte de Antonio
Celestino Lummertz e Lonia Gabe. O casal de idosos de Rolante era
testemunha-chave para a condenação de Marli e Valdir em um homicídio ocorrido
em Torres.
Os seis denunciados responderão por dois homicídios quadruplamente qualificados (motivo torpe, por meio de asfixia, com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e para assegurar a vantagem e a ocultação de outros crimes), além de sequestro e cárcere privado, roubo duplamente majorado, tortura, falsidade ideológica, ocultação e destruição de cadáver, furto qualificado e formação de quadrilha ou bando. A denúncia é assinada pelo Promotor de Justiça de Taquara, Leonardo Giardin de Souza.
SEQUESTRO E MORTE
Em 2 de fevereiro deste ano, na localidade de Linha Faxinal de Dentro, interior do município de Vale do Sol, os denunciados foram até a residência do casal, em dois carros, e os sequestraram. Eles foram mantidos em cativeiro na casa de Marli, no interior de Rolante, até a madrugada de 8 de fevereiro, quando foram mortos asfixiados (Lonia enquanto dormia e Antonio Celestino durante a madrugada, enquanto levantava-se para ir ao banheiro e estava sem a perna mecânica).
O casal foi colocado dentro de uma carcaça de geladeira existente no pátio da residência e carbonizado. Os restos mortais foram dispensados à beira da estrada que liga Rolante a Santo Antonio da Patrulha, próximo à praça de pedágio.
Para justificar o desaparecimento das vítimas, que vinha sendo investigado pela Polícia Civil em Vale do Sol, os autores dos crimes tentavam despistar as autoridades e familiares do casal, fornecendo notícias falsas que davam a entender que Antonio Celestino havia matado sua companheira e fugido para o estado do Mato Grosso.
MOTIVAÇÃO
Antonio Celestino havia sido testemunha de um homicídio qualificado praticado por Marli em Torres. Para tentar reverter sua condenação em júri popular naquela Comarca, a mulher planejou as mortes e contou com o auxílio dos demais denunciados. No cativeiro, Antonio Celestino foi obrigado a escrever, de próprio punho, uma carta na qual a inocentava da acusação e assumia a autoria do crime pelo qual já fora condenada. Após escrever a carta, ele foi forçado a gravar um vídeo em que reproduzia de viva voz o conteúdo da carta, em cenário montado na casa de Marli. Posteriormente, foi levado até um tabelionato na cidade de Osório, onde foi coagido a reconhecer firma em um documento manuscrito em que declarava ter escrito a carta e gravado o vídeo por livre e espontânea vontade e sem ter sofrido qualquer tipo de pressão.
Os seis denunciados responderão por dois homicídios quadruplamente qualificados (motivo torpe, por meio de asfixia, com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e para assegurar a vantagem e a ocultação de outros crimes), além de sequestro e cárcere privado, roubo duplamente majorado, tortura, falsidade ideológica, ocultação e destruição de cadáver, furto qualificado e formação de quadrilha ou bando. A denúncia é assinada pelo Promotor de Justiça de Taquara, Leonardo Giardin de Souza.
SEQUESTRO E MORTE
Em 2 de fevereiro deste ano, na localidade de Linha Faxinal de Dentro, interior do município de Vale do Sol, os denunciados foram até a residência do casal, em dois carros, e os sequestraram. Eles foram mantidos em cativeiro na casa de Marli, no interior de Rolante, até a madrugada de 8 de fevereiro, quando foram mortos asfixiados (Lonia enquanto dormia e Antonio Celestino durante a madrugada, enquanto levantava-se para ir ao banheiro e estava sem a perna mecânica).
O casal foi colocado dentro de uma carcaça de geladeira existente no pátio da residência e carbonizado. Os restos mortais foram dispensados à beira da estrada que liga Rolante a Santo Antonio da Patrulha, próximo à praça de pedágio.
Para justificar o desaparecimento das vítimas, que vinha sendo investigado pela Polícia Civil em Vale do Sol, os autores dos crimes tentavam despistar as autoridades e familiares do casal, fornecendo notícias falsas que davam a entender que Antonio Celestino havia matado sua companheira e fugido para o estado do Mato Grosso.
MOTIVAÇÃO
Antonio Celestino havia sido testemunha de um homicídio qualificado praticado por Marli em Torres. Para tentar reverter sua condenação em júri popular naquela Comarca, a mulher planejou as mortes e contou com o auxílio dos demais denunciados. No cativeiro, Antonio Celestino foi obrigado a escrever, de próprio punho, uma carta na qual a inocentava da acusação e assumia a autoria do crime pelo qual já fora condenada. Após escrever a carta, ele foi forçado a gravar um vídeo em que reproduzia de viva voz o conteúdo da carta, em cenário montado na casa de Marli. Posteriormente, foi levado até um tabelionato na cidade de Osório, onde foi coagido a reconhecer firma em um documento manuscrito em que declarava ter escrito a carta e gravado o vídeo por livre e espontânea vontade e sem ter sofrido qualquer tipo de pressão.
Fonte:
Agência
de Notícias | Ministério Público do Estado do Rio Grande do
Sul
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