Operação da Polícia Civil prende suspeitos de
envolvimento em esquema de fraudes de licitação
Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP
Uma investigação da Polícia Civil desarticulou
uma organização criminosa que atuava dentro da prefeitura de Agudo para fraudar
licitações. O esquema - que teria envolvimento do vice-prefeito Moisés
Killian (MDB) e de outros três servidores - teria causado prejuízo, entre 2015
e 2016, de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos, conforme auditorias do
Tribunal de Contas do Estado, pode atingir.
Em ofensiva nesta quarta-feira, a Polícia Civil
prendeu Killiian e outras seis
pessoas - que não tiveram identidade revelada. Foram apreendidos ainda
documentos e armas. A ação, batizada de Fogo Fatuo e comandada pelos titulares
da DEAT, delegados André Lobo Anicet e Max Otto Ritter, cumpriu 35
mandados de busca e apreensão, nove mandados de prisão preventiva e outras nove
ordens de bloqueios de aditivos e indisponibilidade de bens em Agudo, Santa
Maria, Cachoeira do Sul, Canoas e Porto Alegre.
Segundo os delegados André Lobo Anicet e Max Otto
Ritter, as investigações duraram cerca de um ano e apuram a existência do
esquema desde 2012 na Prefeitura de Agudo a partir da Secretaria Municipal de
Obras. O trabalho investigativo envolveria o vice-prefeito, seus assessores e
motoristas, junto com empresários do ramo de máquinas e peças.
Os policiais civis obtiveram dados indicando
possível fraude a procedimentos licitatórios, através da combinação de valores
e fracionamento das compras, buscando enquadramento nos limites legais de
dispensa de licitação. Conforme os agentes, notas fiscais eram solicitadas com
valores superfaturados visando ao desvio de recursos públicos.
Os delegados ressaltaram que a operação teve por
finalidade a prisão dos principais alvos, a apreensão de documentos que
reforcem a prova da prática dos crimes ora investigados, o sequestro de
patrimônio e a verificação da participação de outros agentes públicos no
cometimento das condutas referidas. Em nota, o prefeito de Agudo Valério Vili
Trebien disse que se colocou "à disposição da Justiça e da Polícia Civil
fornecendo todos os documentos requisitados, colaborando com as
investigações".
Correio do Povo
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