sábado, 16 de junho de 2018

Chacina deixa quatro mortos no Chapéu do Sol, em Porto Alegre

Motivação do crime é a guerra do tráfico na região, diz a Polícia Civil

Chacina deixa quatro mortos no Chapéu do Sol, em Porto Alegre | Foto: Alina Souza
   Chacina deixa quatro mortos no Chapéu do Sol, em Porto Alegre | Foto: Alina Souza

Quatro pessoas foram mortas em uma chacina no bairro Belém Novo, extremo Sul de Porto Alegre, na madrugada deste sábado. Conforme relato da polícia, a localidade ocupada é conhecida como Chapéu do Sol e um ponto de bastante conflito entre criminosos. As vítimas do ataque não tiveram os nomes informados, mas todos eram jovens. Os corpos de três homens e uma mulher foram localizados ao amanhecer, porém a Polícia Civil informou que os assassinatos aconteceram por volta das 03h30min.

O delegado plantonista da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Trânsito e Homicídios, João Nazário, não esteve no local, mas disse que a chacina é relacionada ao tráfico de drogas. "Uma facção chamada de 'Os Abertos' tomaram a casa há 10 dias e, agora,foram mortos pela outra facção rival, a 'Teletubbies', que está concentrada no início da Restinga", salientou.

Um dos cadáveres foi encontrado logo no acesso principal da moradia, o de um homem e de uma mulher estavam em um dos quartos e do outro, em um quarto próximo. De acordo com ele, o Instituto Geral de Perícias encontrou cartuchos de dois calibres distintos, .12 e .357.

"Eles usaram armamento de grosso calibre e foram diversos vários disparos efetuados. Certamente não chegaram à casa em um grupo inferior a quatro pessoas", detalhou Nazário.

Segundo ele, o relato feito por uma moradora de 41 anos, que vive na localidade, foi confirmado. Ela disse que uma "senhora" vivia na casa até ser expulsa pelos integrantes da facção. "A gente não conhecia esse pessoal aí, eles simplesmente chegaram e tiraram a moradora de casa, tem outras assim aqui na vila, que sempre foi tranquila e de gente trabalhadora", relatou.

O crime chocou os moradores vizinhos da casa, que afirmaram não terem visto nenhuma movimentação estranha. "Estávamos dormindo quando escutamos uma saraivada de tiros, mas era escuro, frio, hoje cedo que percebemos a casa aberta e que alguma coisa séria tinha ocorrido", contou. A casa humilde e ainda sem tinta era um ponto de tráfico de drogas, conforme levantamento preliminar feito pela volante da Delegacia de Homicídios. A investigação que buscará identificar os autores do assassinato ficará a cargo da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios.


Franceli Stefani
Correio do Povo

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