quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dia começa sem ônibus em Porto Alegre

Trabalhadores rodoviários impediram as saídas dos coletivos das garagens nesta manhã

   Trabalhadores rodoviários impediram as saídas dos coletivos das garagens nesta manhã
   Crédito: Tarsila Pereira

O terceiro dia de greve dos rodoviários promete ser o mais difícil para os usuários do transporte público. Diferente dos últimos dois dias, quando 30% da frota circulou pelas ruas da Capital, nesta quarta-feira a paralisação é total. Apenas três coletivos saída da garagem da Carris para atender a funcionários dos hospitais de Pronto Socorro e Presidente Vargas.

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Desde as primeiras horas da manhã, trabalhadores rodoviários estão na frente das garagens das empresas impedindo a saída dos ônibus. Os rodoviários contam com o apoio de cerca de 50 integrantes do Bloco de Lutas, que são favoraveis à greve. 

Durante a madrugada, três veículos da Carris (linhas 653, 705 e 795) foram atingidos por pedras enquanto voltavam para a garagem. A empresa Sudeste também teve ônibus apedrejados. O caso ocorreu ainda na noite de terça-feira. Logo após a confirmação de que haveria greve total nesta quarta, usuários do transporte coletivo insatisfeitos com a decisão atiraram pedras contra os vidros de cinco coletivos da empresa nas avenidas Bento Gonçalves e João Oliveira Remião, na zona Leste da Capital.

Greve em resposta à decisão do TRT

No início da tarde dessa terça-feira, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que os rodoviários deveriam colocar 70% da frota nas ruas a partir das 17h de terça-feira nos horários de pico, já que apenas 30% dos ônibus estavam sendo usados por conta da greve da categoria. Em pedido liminar anterior, o município havia reivindicado declaração de abusividade da greve, com o retorno imediato dos trabalhadores às suas funções para garantir a circulação de 100% da frota. A decisão levou o Sindicato dos Rodoviários a decidir pela paralisação geral dos ônibus em Porto Alegre.

“Ficamos insatisfeitos com a reunião e a tentativa de mediação do TRT. Consideramos um abuso a determinação de 70% da frota, porque tira o sentido da nossa greve”, afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Júlio Gamaliel. “A partir de agora vamos recolher todos os ônibus e vai ser zero de frota”, completou ele. A paralisação total não tem previsão para terminar.

* Com informações da repórter Cintia Marchi

Fonte: Correio do Povo

Atualizado em 29/01/2014 08:41

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