Localizado na
zona rural da cidade, imóvel é avaliado em aproximadamente R$ 2 milhões
Três casas, pista de kart, campo de futebol:
facção usava sítio milionário como QG
Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP
Um sítio
com três casas, piscina, pista de kart, campo de futebol e lago na zona rural
de Taquara, no Vale do Paranhana, eram usados como parte de um "quartel
general" da facção comandada por Jackson Peixoto Rodrigues, 34 anos, o
Nego Jackson. A Polícia Civil acredita que o local funcionava como esconderijo
para a mulher, filha e sogra do traficante. O imóvel foi descoberto em 17 de
novembro, durante desdobramento da operação Quebra-Cabeça e já foi sequestrado
por ordem judicial. Mas a Polícia só divulgou a informação nessa segunda-feira.
A mulher
de Nego Jackson, Pamela Monteiro Pereira, foi presa em 15 de novembro, no
Aeroporto Salgado Filho. Ela foi detida no momento em que embarcaria para
Rondônia, onde visitaria Nego Jackson na Penitenciária Federal de Porto Velho.
A mãe dela Eva Monteiro Pereira e a filha adolescente do casal seguem
desaparecidas. A Polícia suspeita que elas tenham fugido do sítio logo após a
operação ser deflagrada em 16 de novembro.
O sítio
seria usado como "porto seguro" da facção Anti Bala. Era onde a
quadrilha guardava o dinheiro. Parte do lucro ficava no sítio da zona rural e
outra parte era levada ao Paraguai, onde Nego Jackson foi preso em janeiro
deste ano. A Polícia Civil acredita que o traficante teria ido ao país
vizinho ainda no início de 2016 e que o dinheiro era usado para que ele
seguisse abastecendo o estoque de drogas da facção.
Durante a
operação Quebra-Cabeça, em 16 de novembro, policiais cumpriram mandado de busca
e apreensão em um apartamento na zona urbana de Taquara. Havia a suspeita de
que o local fosse o esconderijo de Pamela. Na residência, foram localizadas
notas fiscais, que foram rastreadas, levando os agentes a identificar um
mercado na zona rural de Taquara. Conversando com moradores, descobriram o
sítio.
O
delegado Filipe Borges Bringhenti, da Delegacia de Repressão ao Crime de
Lavagem de Dinheiro do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da
Polícia Civil, acredita que o sítio teria sido comprado em meados de 2016, por
R$ 1,5 milhão. Hoje, o imóvel é avaliado em aproximadamente R$ 2 milhões.
A
operação já bloqueou cerca de R$ 12,2 milhões da facção. O número pode
aumentar, pois a Polícia Civil ainda aguarda o resultado do bloqueio de contas.
Disque
denúncia
A Polícia
Civil disponibiliza o número 197 para denúncias via telefone e também o (51)
98418-7814, para mensagens via WhatsApp, para quem tiver informações sobre a
localização de Eva, Raquel Lopes dos Santos, 42 anos, - gerente financeira da
facção -, ou de outros membros da facção. O anonimato é garantido.
A
operação em números
- 30
mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Cachoeirinha, Viamão, Taquara,
Gravataí e Canoas.
- 11 mandados de prisão
- 33 imóveis sequestrados
- 31 veículos apreendidos
- Total de bens da facção
bloqueados: R$ 12,2 milhões
- Investigação durou oito meses
- Facção atuava principalmente em
Porto Alegre e Gravataí
- As empresas usadas para lavar
dinheiro ficavam no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Piauí.
Fonte:
Correio do Povo
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