quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Sob forte aparato policial, Leandro Boldrini participa de reconstituição




Leandro Boldrini participou na tarde desta quarta-feira, 16, em Três Passos da reconstituição da morte da ex-mulher Odilaine Uglione. A reconstituição simulada aconteceu no prédio do Centro Clinico São Mateus, no Centro da cidade onde Boldrini, tinha sua clínica.
 
Leandro Boldrini, chegou por volta das 13h30min, em um veículo da SUSEPE, com forte aparato policial. O entorno da clínica foi todo isolado, mais de 30 policiais militares entre eles o Pelotão de Operações Especiais (POE) e vários policiais civis fizeram a segurança do local. A Participação de Leandro Boldrini, durou aproximadamente duas horas.
 
O momento mais importante foi quando o médico desceu ao térreo do prédio para mostrar aos peritos e delegados o trajeto que ele percorreu no dia da morte de Odilaine. Do lado de fora a cerca de trinta metros a imprensa e curiosos aguardavam com ansiedade que ele aparecesse. Quando isso aconteceu houve manifestação da população com gritos de “assassino” e “vagabundo”. Leandro apareceu do lado de fora do prédio na porta de uma farmácia que fica na entrada da Centro Clinico, foram poucos segundos, mas o suficiente para causar a manifestação da população. Ele não chegou a sair para rua para fazer o percurso até uma clínica que fica ao lado, onde ele disse em depoimento que teria ido pedir ajuda no dia da morte da ex-mulher. Segundo informações, isso foi uma orientação do seu advogado, que foi aceita pelos delegados e peritos responsáveis pela reconstituição.  
 
Por volta das 15h30min, Boldrini deixou o prédio e retornou, no veículo da Susepe, à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Ele está preso desde abril de 2014, por suspeita de envolvimento na morte do filho, Bernardo.

Entenda o caso

— Odilaine Uglione morreu às 18h50min do dia 10 de fevereiro de 2010, no hospital de Três Passos, horas depois de supostamente atirar contra a própria cabeça, dentro do consultório do marido, o cirurgião Leandro Boldrini.
— Testemunhas viram Odilaine chegar nervosa e entrar na sala para esperar Boldrini.
— Conforme o relato de testemunhas à época, Boldrini saiu correndo da sala e um tiro foi ouvido. Outras testemunhas, no entanto, disseram primeiro ter ouvido tiro e depois, visto o médico sair da sala.
— A investigação da morte foi arquivada com a conclusão de suicídio.
— Depois que Bernardo Uglione Boldrini, filho de Odilaine e de Leandro, foi morto, em abril de 2014, e o pai e a madrasta surgiram como suspeitos do crime, a família de Odilaine passou a tentar reabrir o caso de 2010, sustentando a tese de homicídio.
— A Justiça negou os pedidos até que uma perícia particular indicou que a carta de despedida, encontrada na bolsa de Odilaine, não teria sido escrita por ela, mas sim por uma funcionária de Boldrini à época.
— Assim que o resultado da perícia particular foi tornado público, a funcionária registrou ocorrência por calúnia e forneceu material escrito para que a perícia oficial fizesse a comparação com a carta de suicídio. Essa perícia ainda está em andamento.
— Em maio, o Ministério Público se manifestou pela reabertura do caso e o pedido foi acatado pela Justiça.
— O delegado Marcelo Lech foi designado para conduzir a nova investigação sobre as circunstâncias da morte de Odilaine.



Postado por André Motta
Texto e Fotos: André Motta/Fernando Almeida
Rádio Querência

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