Hipótese de homicídio não pode ser descartada,
diz perito/Fotos: Reprodução
A
Polícia Civil do RS tem ainda mais dois meses para concluir as investigações
sobre a morte de Odilaine Uglione, mas o resultado da análise da carta de
despedida da mãe do menino Bernardo foi divulgada nesta quarta-feira, 23, pelo
Instituto Geral de Perícias - IGP.
Conforme
o IGP, a equipe de peritos especialistas em
grafoscopia afirma que o documento foi escrito por Odilaine Uglione, encontrada
morta no escritório do então marido, o médico
Leandro Boldrini, em 2010, em Três Passos. O exame foi realizado a pedido da Polícia Civil
após uma perícia particular contratada pela família de Odilaine concluir que a letra na carta não era
dela.
O IGP concluiu quase
todas as perícias do caso. No exame de balística, não foi possível concluir
quem efetuou o disparo. Sobre o exame de DNA realizado nas
unhas de Odilaine, o resultado foi inconclusivo. A única perícia
que ainda falta ser concluída é a reconstituição da morte de Odilaine.
A dúvida que ainda
persiste e que precisa ser analisada é sobre o fato de Boldrini estar ou não
dentro da sala no momento do tiro. Se ele correu
antes ou depois do disparo. A hipótese
mais provável ainda é o suicídio, mas que o homicídio
não pode ser descartado, segundo o diretor-geral do IGP, Cléber Muller.
Entenda
o Caso Odilaine
Conforme a polícia,
Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo,
Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito policial, consta
que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso,
também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa
Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo
conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da
morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga
após o processo
de separação do casal.
Já a defesa da
família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de
Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da
lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio
inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão
esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma
carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do
garoto, que configuraria um fato novo.
Fonte:
Três Passos News
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