Objetivo seria
garantir apoio do deputado do PSD em projetos polêmicos em troca de 10 cargos
Oposição apresenta gravações de negociação de
voto entre Jardel e Executivo | Foto: Marcos Eifler / Agência AL / CP
Partidos de oposição anunciaram na final da manhã
desta segunda-feira na Assembleia Legislativa a existência de gravações que
apontariam que o deputado Mario Jardel (PSD) teria negociado seu voto em
aprovação de projetos de interesse do Executivo gaúcho em troca de cargos.
"Em parte dos áudios transcritos, o Ministério Público (MP) atesta que em
tese existia uma negociação do parlamentar com o governo em troca do
recebimento de 10 cargos. Em especial, o recebimento de cargos em troca do voto
para a redução do teto das RPVS", declarou o líder da bancada do PC do B,
deputado Juliano Roso.
Ainda segundo Roso, em um dos áudios há a informação que uma das pessoas recebedoras dos cargos não precisaria "nem trabalhar, era só aparecer de vez em quando". Conforme Roso, os áudios foram obtidos após ele solicitar ao MP o procedimento investigatório completo e receber um DVD que contém 1.318 páginas. Em um segundo momento, como parte das transcrições não ficava clara, o parlamentar solicitou os áudios e recebeu quatro DVDs, também já analisados.
A terceira solicitação diz respeito aos áudios brutos da investigação, que ainda não foram recebidos. As informações não constam no relatório do corregedor-geral da Assembleia Legislativa, deputado Marlon Santos (PDT), porque ele ainda não teria acessado os dados.
A assessoria de imprensa do governo do Estado afirmou à reportagem que ainda apura a informação referente às gravações e deve se pronunciar em breve. O governador José Ivo Sartori está em Brasília, onde participa de reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Já assessoria do deputado Mário Jardel relatou que somente o advogado do parlamentar está autorizado a se pronunciar sobre o assunto. Jardel tinha coletiva marcada para hoje, mas ela foi adiada.
Processo de cassação
Jardel é alvo de um processo de cassação, cuja base do pedido é o uso de cocaína e a relação mantida com traficantes para a obtenção da droga. Segundo o Ministério Público, há provas de que o parlamentar cometeu crimes de concussão, falsidade documental, lavagem de dinheiro e peculato, comandando um esquema fraudulento, com objetivo de obter benefícios financeiros com verba pública.
Por enquanto, Jardel segue suspenso apenas pelo PSD, onde responde a processo na Comissão de Ética da sigla. A Justiça reviu a decisão de suspender Jardel das funções de deputado, por seis meses, depois de ser questionada pela Assembleia, que sustentou ter a prerrogativa exclusiva para esse tipo de punição.
Ainda segundo Roso, em um dos áudios há a informação que uma das pessoas recebedoras dos cargos não precisaria "nem trabalhar, era só aparecer de vez em quando". Conforme Roso, os áudios foram obtidos após ele solicitar ao MP o procedimento investigatório completo e receber um DVD que contém 1.318 páginas. Em um segundo momento, como parte das transcrições não ficava clara, o parlamentar solicitou os áudios e recebeu quatro DVDs, também já analisados.
A terceira solicitação diz respeito aos áudios brutos da investigação, que ainda não foram recebidos. As informações não constam no relatório do corregedor-geral da Assembleia Legislativa, deputado Marlon Santos (PDT), porque ele ainda não teria acessado os dados.
A assessoria de imprensa do governo do Estado afirmou à reportagem que ainda apura a informação referente às gravações e deve se pronunciar em breve. O governador José Ivo Sartori está em Brasília, onde participa de reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Já assessoria do deputado Mário Jardel relatou que somente o advogado do parlamentar está autorizado a se pronunciar sobre o assunto. Jardel tinha coletiva marcada para hoje, mas ela foi adiada.
Processo de cassação
Jardel é alvo de um processo de cassação, cuja base do pedido é o uso de cocaína e a relação mantida com traficantes para a obtenção da droga. Segundo o Ministério Público, há provas de que o parlamentar cometeu crimes de concussão, falsidade documental, lavagem de dinheiro e peculato, comandando um esquema fraudulento, com objetivo de obter benefícios financeiros com verba pública.
Por enquanto, Jardel segue suspenso apenas pelo PSD, onde responde a processo na Comissão de Ética da sigla. A Justiça reviu a decisão de suspender Jardel das funções de deputado, por seis meses, depois de ser questionada pela Assembleia, que sustentou ter a prerrogativa exclusiva para esse tipo de punição.
Flávia Bemfica
Correio do Povo
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