Investigação aponta prejuízos aos cofres
públicos superiores a R$ 7 milhões. São cumpridos 27 mandados de busca e
apreensão em domicílios de investigados em Fortaleza, São Paulo e Pelotas (RS).
Hospital Emergencial de
Campanha do Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza — Foto: Divulgação
A Polícia Federal
deflagrou, na manhã desta terça-feira (3), a Operação Cartão Vermelho, que
investiga supostos desvios de recursos públicos destinados ao hospital de
Campanha montado no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. São cumpridos 27
mandados de busca e apreensão na capital cearense, em São Paulo e em Pelotas
(RS).
A operação decorre de inquérito instaurado em junho e apontou indícios de atuação criminosa de servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza; de gestores e integrantes da comissão de acompanhamento e avaliação do contrato de gestão; de dirigentes de organização social paulista contratada para gestão do hospital de campanha; e de empresários.
A investigação aponta prejuízos de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos. A Justiça Federal autorizou o bloqueio desses valores em contas das pessoas jurídicas investigadas. As apurações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos.
A SMS e a Prefeitura ainda não se manifestaram sobre as denúncias apontadas na operação.
A investigação aponta indícios de fraude na escolha da empresa contratada em dispensa de licitação; compra de equipamentos de empresa de fachada; má gestão e fiscalização da aplicação dos recursos públicos no hospital de campanha; e no preço dos equipamentos adquiridos, se comparados às aquisições feitas por outras cidades sob as mesmas condições no contexto de pandemia.
Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, ordenação de despesa não autorizada e organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir penas de até 33 anos de reclusão.
Por G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário