O
Ministério Público de Bento Gonçalves aderiu ao programa Alquimia II,
desenvolvido pela Promotoria de Osório, e irá destinar 100 celulares para
estudantes em situação de vulnerabilidade. São aparelhos apreendidos em
processos e inquéritos policiais, sendo alguns destes recuperados após terem
sido arremessados para o interior da Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves.
Na sexta-feira, dia 20 de novembro, às 11h, 88 smartphones serão entregues para
alunos do Colégio Estadual Dona Isabel, localizado na Rua Padre Raul Accorsi,
300, bairro Universitário. Os demais aparelhos serão entregues posteriormente a
estudantes de instituição a ser selecionada.
Para
que os alunos carentes possam acompanhar as atividades domiciliares pela
plataforma digital de ensino sugerida pelo governo do Estado, o Ministério
Público de Bento Gonçalves buscou parcerias, apresentou o projeto ao Poder
Judiciário e solicitou a este a destinação dos aparelhos. A Polícia Civil
verificou os expedientes com celulares apreendidos e agilizou a conclusão das
investigações. O Conselho da Comunidade na Execução Penal orçou o custo para
formatação e preparação dos smartphones para uso, conseguindo com a empresa
Celular Express o valor unitário de restauração de R$ 20. O Consepro se
prontificou a doar 60 chips. Os outros 40 foram adquiridos por R$ 7 cada. O
Poder Judiciário destinou a verba das penas alternativas para custeio da
formatação dos aparelhos celulares e compra dos 40 chips.
A
iniciativa dos promotores de Justiça Criminal de Bento Gonçalves, Carmem Lucia
Garcia, Vanessa Bom Schmidt Cardoso e Eduardo Só dos Santos Lumertz, ao
aderirem ao Projeto Alquimia II, leva em conta que, segundo informações da 16ª
Coordenadoria Regional de Educação, 9,77% dos alunos da rede pública estadual
de Bento Gonçalves permanecem sem acessar as plataformas de ensino para
realização de atividades domiciliares, pois grande parte destes se encontra em
situação de vulnerabilidade e não possui aparelho celular próprio. Em dados
numéricos, são 1.776 alunos nessa condição, sendo a situação mais crítica a de
alunos matriculados no Colégio Estadual Dona Isabel.
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
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