Eleito no último pleito, Didi Filgueira (PTB) estava há mais de um mês internado e morreu um dia após as eleições, quando já estava entubado. Vice assumirá cargo. Político deixa esposa, filhos e netos.
Didi Filgueira (PTB),
morreu um dia após ser eleito prefeito de Itaguaru — Foto: Reprodução/TSE
A morte do prefeito eleito de Itaguaru, Didi
Filgueira (PTB), 61 anos, na segunda-feira (16), um dia após as eleições,
por complicações da Covid-19, chocou a família e os moradores da cidade. Irmão
do político, o professor Eduardo Filgueira disse que Didi não chegou nem a
receber a notícia da vitória no pleito, pois estava entubado em um hospital de
Goiânia e teve uma piora em seu quadro clínico.
"Foi um choque total. A família
está totalmente chocada. Sabíamos que era grave [o quadro clínico dele], mas
esperávamos o retorno dele em 10 ou 15 dias. Só que a gente não sabe os
projetos de Deus. Ele morreu sem saber que estava eleito", disse ao G1.
Didi foi internado no dia 1º de outubro, após começar a apresentar os primeiros sintomas da Covid-19. Dias depois ele foi entubado e transferido para o UTI. No dia 30 de outubro, foi retirada a ventilação mecânica e ele apareceu em um vídeo com uma máquina de oxigênio fazendo sinal de positivo. Porém, o estado de saúde dele acabou se agravando novamente.
"Viemos fazer uma visita para informar sobre a vitória e os médicos nos informaram que de sábado para domingo ele teve uma pequena piora, mas que a piora persistiu”, disse a esposa dele, Darcimeire Fernandes, em um vídeo postado nas redes sociais.
Conforme jurisprudência de casos semelhantes julgados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vice assume o posto. No caso de Didi, seu vice, que assumirá o cargo, é Fernando Araújo (PDT).
Comoção na cidade
Eduardo disse que a morte comoveu a cidade de Itaguaru, que tem pouco mais de 5 mil habitantes e está situada a 122 km de Goiânia. Ele afirma que em sua primeira eleição, Didi participou apenas da convenção de que escolheu seu nome para a disputa.
"A cidade está totalmente triste. Uma eleição sem o candidato estar presente e ele foi levado pelo povo. Isso é loucura. Havia um clamor popular", desabafa.
Segundo Eduardo, pelo fato da morte de ocorrido em virtude em virtude de complicações da Covid-19, não haverá velório. Está previsto, porém, um pequeno cortejo até o cemitério. O enterro, sem horário definido, deve ser realizado ainda nesta manhã.
Didi teve 53,90% dos votos. Foram 2.368 votos no total. O candidato derrotou Chitão (PP), que ficou em segundo lugar com 44,07% (1.936 votos).
Ele deixa esposa, três filhos e dois netos.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
17/11/2020
10h45
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