Ela estava em casa de repouso em Santos, no Litoral paulista, onde morava há mais de 2 anos
A artista já estava debilitada e tinha depressão
A
cantora Vanusa morreu na madrugada deste domingo na casa de repouso em Santos,
no Litoral de São Paulo, onde morava há mais de dois anos. O enfermeiro
percebeu, por volta das 5h30min, que ela estava sem batimentos cardíacos. A
causa da morte foi insuficiência respiratória.
A
artista tinha depressão e problemas de saúde causados pelo uso de medicamentos
tarja preta em excesso, que a deixaram debilitada. De agosto a setembro, ela
esteve internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores, também em Santos.
Relembre a trajetória
Vanusa
nasceu em 22 de agosto de 1947, em Cruzeiro, município do estado de São Paulo.
No entanto, cresceu em Uberaba, Minas Gerais, onde deu início a carreira
musical, com apenas 16 anos.
Anos
depois, a cantora participaria do programa "O Bom", na extinta TV
Excelsior. Na emissora, ela integrou, ainda, o elenco de "Os Adoráveis
Trapalhões". Além disso, a artista também acumulou participações no
"Jovem Guarda", da Record TV, "Qual é a Música?" (SBT) e
"Globo de Ouro" (TV Globo).
A
cantora ficou nacionalmente conhecida na década de 1970, com sucessos como
"Manhãs de Setembro", "Sonhos De Um Palhaço",
"Mudanças e Paralelas". Vanusa gravou 23 álbuns, vendeu milhões de
cópias e, por dois anos seguidos, foi eleita a "Rainha da Televisão".
Os
relacionamentos também ocuparam as manchetes. A artista namorou cantores como
Jair Rodrigues, Wanderley Cardoso e Antônio Marcos. Da relação com Antônio
Marcos, teve duas filhas: Aretha e Amanda Marcos. O terceiro filho, Rafael
Vanucci, é fruto da união com Augusto César Vanucci.
No
fim dos anos 1990, após um período sem gravar e com poucos shows, estrelou o
musical autobiográfico "Ninguém é Loira por Acaso", de Léa Panteado,
em que ela defendia a autonomia das mulheres na busca pelos próprios sonhos.
Por quase 20 anos, Vanusa enfrentou problemas com dependência química, crises
de depressão e, também, complicações sérias causadas pelo mal de Alzheimer. Ao
longo do período, a cantora precisou ser internada algumas vezes.
A
primeira, em 2009, aconteceu após a estrela errar a letra do Hino Nacional em
uma solenidade na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). Meses depois, o
vídeo viralizou na internet. Nas imagens, ela trocava trechos da música e, na
tentativa de disfarçar, acabou cantando fora do ritmo. Por conta da depressão,
em 2011, a artista foi internada pela segunda vez, onde ficou até maio de 2012.
À época, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Vanusa contou detalhes
sobre a dependência por remédios.
"Um
dia, um amigo me ligou, e eu disse pra ele: 'Ou me interno ou me mato'. Daí me
levaram para a clínica. Fiquei lá seis meses e sete dias e fiz o dever de casa.
Participei de todas as atividades para me recuperar. Meu problema era assim:
tomava muito remédio para dormir e muito antidepressivo para acordar"
disse.
Em
2009, após errar a letra da Hino Nacional, em uma solenidade na Alesp
(Assembleia Legislativa de São Paulo), e o vídeo viralizar na internet, a
artista precisou ser internada para tratar de uma depressão. Tempo depois, ele
voltaria a ser internada por mais duas vezes para tratar de dependência química
e os efeitos da doença cognitiva. Relembre a trajetória dela!
Em
2017, ela voltou a ser internada para cuidar da dependência química. Segundo
Rafael Vanucci, um dos filhos, o vício teria começado durante o tratamento
contra a depressão. Desde então, a cantora trocou algumas vezes de clínica e
viu a saúde ficar ainda mais debilitada por conta dos efeitos do mal de
Alzheimer.
R7
Correio
do Povo
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