Débora Forcolén, de 19
anos, morreu na tarde de quinta-feira
Foto: Reprodução / Facebook / CP
A Polícia Civil investiga todas as hipóteses para
o assassinato
de Débora Forcolén, 19 anos, baleada
na tarde de quinta-feira no bairro Vila Farrapos, em Porto Alegre. O tiro que
matou Débora foi disparado pelo companheiro, um comerciante, de 37. A jovem
morreu no sofá da residência do casal. “A partir de agora vamos apurar
toda e qualquer circunstância que pode ter sido a motivação para esse crime
seja ele, ao final, considerado homicídio doloso ou culposo”, assegurou a
titular 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ªDPHPP),
delegada Roberta Bertoldo.
A versão do companheiro da jovem é de que o tiro
foi acidental. O comerciante disse que retirou o carregador da pistola e
ficou manuseando-a próximo da vítima, mas alegou que não percebeu a presença de
um projétil dentro da câmara da arma. Ao acionar o gatilho, a pistola disparou
e alvejou a jovem, que morreu na hora. Um vizinho contou à Polícia que o
comerciante saiu para fora aos gritos em busca de ajuda.
Inicialmente ele foi preso em flagrante por
homicídio culposo (quando não existe a intenção de matar a vítima) e ainda por
porte ilegal de arma. A pistola calibre 380, usada no crime, foi apreendida
para a perícia. No apartamento do casal estavam ainda dois filhos do acusado,
de seis e de oito anos. O homem está em liberdade.
Policiais militares do 11º BPM foram acionados
pela vizinhança após ouvirem um tiro. Uma equipe do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu) também foi mobilizada. Além de diligências, os
agentes pretendem reinquirir testemunhas e também ouvir familiares, amigos e
vizinhos da vítima, entre outras providências do trabalho investigativo. “Vamos
verificar os antecedentes que o indiciado possui já que existem informações de
que ele cometia violências contra a vítima embora ela não tenha procurado a
Polícia Civil”, observou a delegada Roberta Bertoldo.
A titular da 2ª DPHPP fez questão de frisar que a
hipótese do tiro acidental, registrada inicialmente na ocorrência na 2ª
Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento no Palácio da Polícia, não
“significa que seja o entendimento do Departamento de Homicídios”. De acordo
com a delegada Roberta Bertoldo, o trabalho investigativo vai apurar por
exemplo como era o relacionamento do casal.
Os policiais civis já descobriram que o
comerciante possui um histórico de violência doméstica contra outra mulher,
como ameaça, lesão corporal e inclusive com inquéritos policiais instaurados.
“É uma pessoa um tanto violenta”, avaliou. “Isso tudo será averiguado”,
enfatizou.
Entre as hipóteses investigadas pelos agentes da
2ªDPHPP estão desde um efetivo tiro acidental no manuseio da pistola ou o
acionamento do gatilho da arma sem querer em um momento de ameaça com a arma,
além do disparo realmente intencional. No perfil da vítima no Facebook, os
familiares e amigos culpavam o comerciante e pediam justiça. Para a delegada
Roberta Bertoldo, é muito prematuro agora apontar o que aconteceu de verdade no
apartamento do casal.
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário