sexta-feira, 1 de junho de 2018

Polícia investigará hipóteses e perfil de homem que matou companheira em Porto Alegre

Débora Forcolén, 19 anos, foi morta por um tiro dentro da residência do casal

Débora Forcolén, de 19 anos, morreu na tarde de quinta-feira | Foto: Reprodução / Facebook / CP
Débora Forcolén, de 19 anos, morreu na tarde de quinta-feira
Foto: Reprodução / Facebook / CP


A Polícia Civil investiga todas as hipóteses para o assassinato de Débora Forcolén, 19 anos, baleada na tarde de quinta-feira no bairro Vila Farrapos, em Porto Alegre. O tiro que matou Débora foi disparado pelo companheiro, um comerciante, de 37. A jovem morreu no sofá da residência do casal. “A partir de agora vamos apurar toda e qualquer circunstância que pode ter sido a motivação para esse crime seja ele, ao final, considerado homicídio doloso ou culposo”, assegurou a titular 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ªDPHPP), delegada Roberta Bertoldo.

A versão do companheiro da jovem é de que o tiro foi acidental. O comerciante disse que retirou o carregador da pistola e ficou manuseando-a próximo da vítima, mas alegou que não percebeu a presença de um projétil dentro da câmara da arma. Ao acionar o gatilho, a pistola disparou e alvejou a jovem, que morreu na hora. Um vizinho contou à Polícia que o comerciante saiu para fora aos gritos em busca de ajuda.

Inicialmente ele foi preso em flagrante por homicídio culposo (quando não existe a intenção de matar a vítima) e ainda por porte ilegal de arma. A pistola calibre 380, usada no crime, foi apreendida para a perícia. No apartamento do casal estavam ainda dois filhos do acusado, de seis e de oito anos. O homem está em liberdade.

Policiais militares do 11º BPM foram acionados pela vizinhança após ouvirem um tiro. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi mobilizada. Além de diligências, os agentes pretendem reinquirir testemunhas e também ouvir familiares, amigos e vizinhos da vítima, entre outras providências do trabalho investigativo. “Vamos verificar os antecedentes que o indiciado possui já que existem informações de que ele cometia violências contra a vítima embora ela não tenha procurado a Polícia Civil”, observou a delegada Roberta Bertoldo.

A titular da 2ª DPHPP fez questão de frisar que a hipótese do tiro acidental, registrada inicialmente na ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento no Palácio da Polícia, não “significa que seja o entendimento do Departamento de Homicídios”. De acordo com a delegada Roberta Bertoldo, o trabalho investigativo vai apurar por exemplo como era o relacionamento do casal.

Os policiais civis já descobriram que o comerciante possui um histórico de violência doméstica contra outra mulher, como ameaça, lesão corporal e inclusive com inquéritos policiais instaurados. “É uma pessoa um tanto violenta”, avaliou. “Isso tudo será averiguado”, enfatizou.

Entre as hipóteses investigadas pelos agentes da 2ªDPHPP estão desde um efetivo tiro acidental no manuseio da pistola ou o acionamento do gatilho da arma sem querer em um momento de ameaça com a arma, além do disparo realmente intencional. No perfil da vítima no Facebook, os familiares e amigos culpavam o comerciante e pediam justiça. Para a delegada Roberta Bertoldo, é muito prematuro agora apontar o que aconteceu de verdade no apartamento do casal.


Correio do Povo

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