Mesmo com redução nos números em 2017, sensação de insegurança
predomina
Com baixo efetivo, polícia precisa
priorizar atendimentos. Foto: Arquivo RQ
A insegurança assustou os moradores de Santo Augusto nos últimos
anos, isso porque, dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do
Estado do Rio Grande do Sul compravam um aumento nos crimes cometidos no
município.
No ano de 2016 o município registrou 244 furtos a
estabelecimentos comerciais e residenciais. Número absurdamente alto, uma média
de 20,3 furtos por mês, sendo que só no mês de maio foram 44 ocorrências desse
tipo. Em relação a 2015, quando durante todo o ano foram registrados 128
furtos, o número é 52% maior.
Além disso, em 2016 também tivemos quatro homicídios dolosos, 22
furtos de veículos, 22 roubos, quatro casos de estelionato, uma extorsão, e 20
ocorrências de delitos relacionados a armas e munições.
Se formos comparar o número de furtos com Tenente Portela,
município também da região Celeiro e com semelhança no número de habitantes,
temos um índice 73,3% maior em Santo Augusto.
Todos esses números fizeram com que aumentasse a sensação de
insegurança, esse sentimento predomina mesmo que os dados deste ano tenham
apresentado pequena redução. Nos primeiros seis meses desse ano, foram
registrados 97 furtos ante 151 no mesmo período do ano passado.
Com baixo efetivo, polícia precisa priorizar atendimentos
Os órgãos de Segurança Pública - Polícia Civil e Brigada Militar
seguem trabalhando intensamente, tendo que, muitas vezes, priorizar
atendimentos, devido ao baixo efetivo, e nesse sentido, é muito importante o
auxílio da comunidade, com denúncias que possam levar a elucidação de crimes e
a prisão de meliantes.
O baixo efetivo é uma realidade e prejudica o trabalho
desempenhado pelos agentes, que acumulam funções e precisam trabalhar com
prioridades. Segundo o Delegado, Gustavo Fleury, em Santo Augusto são 4 agentes
e um delegado, um déficit superior a 50%.
Segundo um estudo da Diplanco (Divisão de Planejamento e
Coordenação da Polícia Civil) o efetivo necessário para Santo Augusto,
considerando as populações de Santo Augusto e São Valério do Sul, cidade também
atendida pela delegacia, mais o número de ocorrências/ano registradas, o ideal
seriam 10 agentes e um delegado. Mesmo com esse déficit, a média de tempo para
elucidar crimes graves, ou seja, aqueles contra a vida é de uma semana ou 15
dias, reforçou o Delegado.
A situação se repete em relação à Brigada Militar. De acordo com
informações apuradas pela reportagem, atualmente, são 13 militares que atuam no
atendimento de ocorrências e no policiamento ostensivo de rua, no entanto,
seriam necessários 31 policiais, para chegar à média de um policial para cada
450 habitantes como recomenda a Organização das Nações Unidas (ONU).
Recentemente o Comando da Brigada Militar no Rio Grande do Sul
confirmou que 1.060 novos soldados estarão nas ruas nos próximos meses,
questionado, o Major Munari, responsável pelo 7º Batalhão da Polícia Militar,
informou que não há previsão da incorporação de novos policiais no
batalhão.
Aliada a essa situação, os servidores da segurança pública ainda
precisam lidar com o parcelamento de seus salários e com a infraestrutura
precária, situações que desestimulam no desempenho das funções.
Poder Público busca soluções
Enquanto isso, o cidadão se vira como pode. Alarmes, câmeras e
até a contratação de seguranças particulares por parte de moradores da mesma
rua, tudo isso, visando inibir a ação dos meliantes, que não escolhem local
para agir. Ultimamente nem as escolas têm escapado.
Para tentar frear o avanço da insegurança, algumas medidas estão
sendo buscadas pelo Poder Público, como a reivindicação de novas viaturas e a
instalação de um sistema de vídeo monitoramento em Santo Augusto.
Sobre o vídeo monitoramento, a informação repassada pela
Assessoria de Comunicação da Prefeitura, é que “está em andamento, estão na
fase de protocolar na Secretaria da Segurança Pública o projeto”.
Postado por: Maira Kempf
Rádio Querência
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