quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Entre 2015 e 2016 Santo Augusto registrou aumento de 52% no número de furtos

Mesmo com redução nos números em 2017, sensação de insegurança predomina

   Com baixo efetivo, polícia precisa priorizar atendimentos. Foto: Arquivo RQ

A insegurança assustou os moradores de Santo Augusto nos últimos anos, isso porque, dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul compravam um aumento nos crimes cometidos no município. 

No ano de 2016 o município registrou 244 furtos a estabelecimentos comerciais e residenciais. Número absurdamente alto, uma média de 20,3 furtos por mês, sendo que só no mês de maio foram 44 ocorrências desse tipo. Em relação a 2015, quando durante todo o ano foram registrados 128 furtos, o número é 52% maior. 

Além disso, em 2016 também tivemos quatro homicídios dolosos, 22 furtos de veículos, 22 roubos, quatro casos de estelionato, uma extorsão, e 20 ocorrências de delitos relacionados a armas e munições. 

 

Se formos comparar o número de furtos com Tenente Portela, município também da região Celeiro e com semelhança no número de habitantes, temos um índice 73,3% maior em Santo Augusto. 

Todos esses números fizeram com que aumentasse a sensação de insegurança, esse sentimento predomina mesmo que os dados deste ano tenham apresentado pequena redução. Nos primeiros seis meses desse ano, foram registrados 97 furtos ante 151 no mesmo período do ano passado. 

Com baixo efetivo, polícia precisa priorizar atendimentos 

Os órgãos de Segurança Pública - Polícia Civil e Brigada Militar seguem trabalhando intensamente, tendo que, muitas vezes, priorizar atendimentos, devido ao baixo efetivo, e nesse sentido, é muito importante o auxílio da comunidade, com denúncias que possam levar a elucidação de crimes e a prisão de meliantes. 

O baixo efetivo é uma realidade e prejudica o trabalho desempenhado pelos agentes, que acumulam funções e precisam trabalhar com prioridades. Segundo o Delegado, Gustavo Fleury, em Santo Augusto são 4 agentes e um delegado, um déficit superior a 50%. 

Segundo um estudo da Diplanco (Divisão de Planejamento e Coordenação da Polícia Civil) o efetivo necessário para Santo Augusto, considerando as populações de Santo Augusto e São Valério do Sul, cidade também atendida pela delegacia, mais o número de ocorrências/ano registradas, o ideal seriam 10 agentes e um delegado. Mesmo com esse déficit, a média de tempo para elucidar crimes graves, ou seja, aqueles contra a vida é de uma semana ou 15 dias, reforçou o Delegado. 

A situação se repete em relação à Brigada Militar. De acordo com informações apuradas pela reportagem, atualmente, são 13 militares que atuam no atendimento de ocorrências e no policiamento ostensivo de rua, no entanto, seriam necessários 31 policiais, para chegar à média de um policial para cada 450 habitantes como recomenda a Organização das Nações Unidas (ONU). 

Recentemente o Comando da Brigada Militar no Rio Grande do Sul confirmou que 1.060 novos soldados estarão nas ruas nos próximos meses, questionado, o Major Munari, responsável pelo 7º Batalhão da Polícia Militar, informou que não há previsão da incorporação de novos policiais no batalhão. 

Aliada a essa situação, os servidores da segurança pública ainda precisam lidar com o parcelamento de seus salários e com a infraestrutura precária, situações que desestimulam no desempenho das funções. 

Poder Público busca soluções 

Enquanto isso, o cidadão se vira como pode. Alarmes, câmeras e até a contratação de seguranças particulares por parte de moradores da mesma rua, tudo isso, visando inibir a ação dos meliantes, que não escolhem local para agir. Ultimamente nem as escolas têm escapado. 
 
Para tentar frear o avanço da insegurança, algumas medidas estão sendo buscadas pelo Poder Público, como a reivindicação de novas viaturas e a instalação de um sistema de vídeo monitoramento em Santo Augusto. 
 
Sobre o vídeo monitoramento, a informação repassada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura, é que “está em andamento, estão na fase de protocolar na Secretaria da Segurança Pública o projeto”. 


Postado por: Maira Kempf
Rádio Querência

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