(Foto: divulgação/PC)
Uma investigação policial iniciada há cerca de
dois meses e comandada pela DRACO de São Luiz Gonzaga, na região das Missões, e
que contou com a ação coordenada dos serviços de inteligência da Polícia Civil,
Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Rodoviária Estadual e
Receita Federal, logrou identificar um grupo criminoso sediado no MS e que atua
na falsificação de cigarros. A Polícia Civil estima que o grupo preso ontem
(18) de noite movimentava cerca de 1 milhão e meio de reais por semana, causando
prejuízos fiscais e sanitários incalculáveis, já que não recolhia impostos e
fabricava cigarros sem as mínimas condições de higiene.
Um dos presos ontem era um homem foragido do
presídio de Sarandi no mês de junho de 2019 e que atuava como uma espécie de
“gerente gaúcho” da organização criminosa. A quadrilha usava diversos haras
para a criação de cavalos no RS para disfarçar a movimentação financeira
milionária.
O preso foragido e capturado ontem usava
documentos adulterados. A Polícia acredita que os documentos – autênticos, pois
com os dados de um morador de SC – foram adulterados com o auxílio do titular
do documento e um funcionário do DETRAN de SC ou órgão de identificação do PR.
O Delegado Heleno destaca que a adulteração é tão bem feita que ao consultar
nos sistemas policiais, a fotografia do foragido aparece como sendo a do
verdadeiro titular dos documentos. O foragido, inclusive, já havia sido
abordado pelas polícias e liberado em outras regiões, pois a fotografia dele
aparecia ao ser consultado no sistema eletrônico policial.
Na manhã desta sexta-feira (19), como sequência
das investigações, a DRACO de São Luiz Gonzaga coordenou buscas em haras,
galpões, empresas e residências em diversas cidades do RS, tais como Canoas,
Nova Santa Rita, Caibaté, São Borja, Caçapava, Cachoeira do Sul, Sobradinho e
outras.
O Delegado Regional de São Luiz Gonzaga, Afonso
Stangherlin, destacou que ações integradas deste tipo fazem parte de uma
diretriz da Chefia de Polícia e devem ser adotadas como regra em razão dos
efeitos positivos que vêm alcançando.
As investigações ainda apontam que esse esquema
de venda e fabricação de cigarros falsificados são comandados por uma
organização criminosa sediada no Mato Grosso do Sul, que também explora o
tráfico de drogas. As provas coletadas em poder do foragido preso ontem
reforçam ainda mais essa linha de investigação.
As ações realizadas nesta sexta-feira ainda
contaram com o apoio da Delegacia do Consumidor do DEIC e diversos outros
órgãos policiais da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Brigada
Militar. Diversos veículos e documentos foram apreendidos.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Polícia Civil
Rádio
São Luiz
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