terça-feira, 23 de junho de 2020

Nuvem de gafanhotos invade províncias argentinas e pode chegar ao Rio Grande do Sul

Fronteira gaúcha recebeu o alerta sobre o avanço dos insetos

Fronteira gaúcha foi colocada em estado de atenção pela Senasa pelo avanço da nuvem de gafanhotos
Fronteira gaúcha foi colocada em estado de atenção pela Senasa pelo avanço da nuvem de gafanhotos 

O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), órgão do governo da Argentina, confirmou que uma nuvem significativa de gafanhotos vinda do Paraguai avança pelas províncias do vizinho do Brasil. 

A nuvem é monitorada desde o dia 28 de maio. A praga avançou da província argentina de Formosa, onde existem muitos produtores de mandioca, milho e cana de açúcar e do Chaco, até chegar finalmente à província de Santa Fé. Agora segue para Entre Rios e Córdoba. 

Há alerta na província de Corrientes, que faz fronteira com o Oeste do Estado e o território provincial. A fronteira gaúcha foi colocada em estado de atenção pela Senasa.

O coordenador do programa nacional de gafanhotos do órgão, Héctor Medina, afirmou que a nuvem se moveu quase 100 quilômetros em um dia por causa das altas temperaturas e do vento. 

O especialista enfatizou que é um gafanhoto sul-americano. A nuvem pode provocar danos e que a "manga" das características que foram monitoradas em um quilômetro quadrado tem até 40 milhões de insetos.

Uma "manga" de um quilômetro quadrado pode comer o mesmo que 35 mil pessoas ou pelo menos duas mil vacas/por dia, afetando principalmente pastagens e campos nativos, explicou Medina. 

A extensão da nuvem detectada pode chegar a dez quilômetros. “Essa invasão pela qual estamos passando neste momento não é uma novidade, pois, nos anos anteriores, tivemos uma situação semelhante. Era previsível que, em 2020, esse cenário se repetisse, estamos tentando acompanhar a situação”, explicou Medina. 


Por Fred Marcovici
Correio do Povo

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