Caso de menina de oito anos morta causou
comoção na Índia | Foto: Sajjad Hussain / AFP / CP
O governo indiano aprovou neste sábado a pena de
morte para estupradores de crianças depois da recente violação coletiva e
assassinato de uma menina de 8 anos, um caso que abalou o país. Da mesma forma,
as penas mínimas por estupro foram aumentadas.
O primeiro-ministro indiano Narendra Modin, tão
logo voltou de uma reunião da Comunidade Britânica, se reuniu neste sábado com
seu gabinete e aprovou uma emenda à lei sobre violências sexuais que permite
condenar à pena capital estupradores de crianças menores de 12 anos.
Milhares de indianos se mobilizaram nos últimos
dias em todo o país depois que uma menina de uma tribo muçulmana nômade foi
sequestrada por cinco dias, estuprada e assassinada por oito homens no estado
de Jammu e Caxemira, no Norte da Índia. Segundo a polícia, o crime procurava
aterrorizar a comunidade de pastores muçulmanos dos bakarwals para forçá-los a
deixar a área, de maioria hindu.
Atualmente, a lei indiana prevê a pena de morte
para os assassinatos mais atrozes e para atos terroristas, embora as execuções
sejam raras. O crime de estupro, porém, preocupa o país. Cerca de 40 mil casos
de estupro são denunciados por ano na Índia, segundo as estatísticas oficiais.
Os observadores consideram que isso só representa
a ponta do iceberg devido à intensa cultura do silêncio que prevalece sobre
este tema na sociedade indiana.
AFP
Correio do Povo
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