Caso suspeito
de mulher portadora do zika vírus foi identificado em Porto Alegre
Inseto responde pela proliferação do zika
vírus, que tem gerado alerta máximo em função dos casos de microcefalia
Foto: Guilherme Testa
Primeiro foi a dengue, depois a febre
chikungunya. Agora, é a vez do zika vírus, que tem gerado alerta máximo em
função do salto de casos de microcefalia, especialmente no Nordeste do país. E
para quem acredita que a situação ainda está longe do RS, nesta semana foi
identificado um caso suspeito de zika em Porto Alegre, numa mulher vinda do Rio
de Janeiro.
Assim, mesmo sem a confirmação, é possível que a circulação do vírus já tenha atingido o Estado. Diante da situação, as autoridades de saúde pública já trabalham com a iminência da chegada da doença ao Rio Grande do Sul.
As três doenças têm um ponto em comum: são transmitidas por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, que teve a sua proliferação ampliada no Estado neste último ano. Assim, o panorama atual tem desafiado as autoridades em como combater um simples mosquito.
“É uma guerra. E deve ser vista dessa maneira”, sentencia o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo. Na batalha, os governos em todos os âmbitos (federal, estaduais e municipais) têm desenvolvido medidas.
No caso do Rio Grande do Sul, a estratégia é tentar um bloqueio da proliferação do mosquito, especialmente neste mês. Isso porque, tradicionalmente, em janeiro há um crescimento dos casos de dengue. “Temos a oportunidade de nos anteciparmos. A mobilização deve ser agora”, diz o secretário.
Proliferação
Há uma série de fatores que justifica a dificuldade no combate ao mosquito. O principal é conseguir convencer a população sobre a gravidade do problema e romper a sua apatia diante do assunto. E o detalhe é que não é preciso muito para acabar com o mosquito. A sua proliferação ocorre de maneira muito simples. Em uma pequena porção de água, o mosquito deixa seus ovos que, em sete dias, se transformam em larvas, dando prosseguimento à próxima geração.
O combate requer cuidados como evitar água parada em calhas, ralos e, os mais conhecidos, vasos de plantas. A limpeza periódica, de preferência uma vez por semana, é suficiente. Porém, a rede de proteção é quebrada quando uma pessoa não faz a sua parte.
Combate ao aedes precisa ser mais efetivo
Diante da dificuldade de convencer a população a combater o mosquitoAedes aegypti, há indicação de medidas consideradas drásticas. O ex-secretário estadual de Saúde e deputado federal Osmar Terra defende atuação mais severa do poder público. Recomenda, inclusive, a entrada dos agentes de saúde em áreas externas das casas e prédios, como pátios, mesmo diante da negativa do morador. “Temos que ter ação proativa e precisamos de força para fazer isso”, ressalta ele, que preside a Frente Parlamentar da Saúde. Terra protocolou há alguns dias projeto de lei nesse sentido. “A comunidade deve permitir que os agentes fiscalizem os pátios. Caso não permita, a lei irá ampará-los.” Para entrar em vigor, é preciso aprovação no Congresso e sanção presidencial.
Para ele, é preciso dar atenção especial a outros focos de proliferação do mosquito, como floreiras de cemitérios, ferros-velhos e caixas d’água, além das residências. E, neste ponto, se sugere até participação do Exército para eliminar grandes criadores do mosquito, como lixões. No Estado, o Comando Militar do Sul se colocou à disposição do governo, porém a decisão final depende de autorização da União.
Nos municípios, especialmente os menores, a recomendação é que todo o aparato seja utilizado na eliminação de focos. Entre os municípios em situação mais crítica — como Panambi e Santo Ângelo, onde ocorreram dois óbitos por dengue —, algumas medidas se tornaram realidade. Em Santo Ângelo foi criado um comitê envolvendo o poder público e entidades comerciais para garantir o mapeamento das zonas mais críticas. “Realizamos mutirões incentivando os cuidados, além de ampliar o trabalho de divulgação de informações nas escolas”, explica a vice-prefeita Nara Damião.
Em Panambi, houve a ampliação em 120% no número de agentes. A cidade de 40 mil habitantes registrou neste ano 220 casos de dengue. “Enfrentamos resistência da população, por isso, ampliamos as ações”, afirmou a coordenadora da atenção básica de saúde de Panambi, Vânia Abreu.
Multa em São Borja
Em São Borja, o Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde aplicará multa de R$ 2 mil a proprietários de terrenos baldios e prédios abandonados que não recebam limpeza regularmente. A medida integra conjunto de ações visando ao controle do mosquito Aedes aegypti. De acordo com a diretora de Vigilância Sanitária, Cláudia Kemerich, a ação torna-se indispensável em apoio aos mutirões de limpeza em toda a cidade. A situação é considerada de risco crescente, já com proliferação recorde de quase 2,3 mil focos de larvas este ano.
Assim, mesmo sem a confirmação, é possível que a circulação do vírus já tenha atingido o Estado. Diante da situação, as autoridades de saúde pública já trabalham com a iminência da chegada da doença ao Rio Grande do Sul.
As três doenças têm um ponto em comum: são transmitidas por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, que teve a sua proliferação ampliada no Estado neste último ano. Assim, o panorama atual tem desafiado as autoridades em como combater um simples mosquito.
“É uma guerra. E deve ser vista dessa maneira”, sentencia o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo. Na batalha, os governos em todos os âmbitos (federal, estaduais e municipais) têm desenvolvido medidas.
No caso do Rio Grande do Sul, a estratégia é tentar um bloqueio da proliferação do mosquito, especialmente neste mês. Isso porque, tradicionalmente, em janeiro há um crescimento dos casos de dengue. “Temos a oportunidade de nos anteciparmos. A mobilização deve ser agora”, diz o secretário.
Proliferação
Há uma série de fatores que justifica a dificuldade no combate ao mosquito. O principal é conseguir convencer a população sobre a gravidade do problema e romper a sua apatia diante do assunto. E o detalhe é que não é preciso muito para acabar com o mosquito. A sua proliferação ocorre de maneira muito simples. Em uma pequena porção de água, o mosquito deixa seus ovos que, em sete dias, se transformam em larvas, dando prosseguimento à próxima geração.
O combate requer cuidados como evitar água parada em calhas, ralos e, os mais conhecidos, vasos de plantas. A limpeza periódica, de preferência uma vez por semana, é suficiente. Porém, a rede de proteção é quebrada quando uma pessoa não faz a sua parte.
Combate ao aedes precisa ser mais efetivo
Diante da dificuldade de convencer a população a combater o mosquitoAedes aegypti, há indicação de medidas consideradas drásticas. O ex-secretário estadual de Saúde e deputado federal Osmar Terra defende atuação mais severa do poder público. Recomenda, inclusive, a entrada dos agentes de saúde em áreas externas das casas e prédios, como pátios, mesmo diante da negativa do morador. “Temos que ter ação proativa e precisamos de força para fazer isso”, ressalta ele, que preside a Frente Parlamentar da Saúde. Terra protocolou há alguns dias projeto de lei nesse sentido. “A comunidade deve permitir que os agentes fiscalizem os pátios. Caso não permita, a lei irá ampará-los.” Para entrar em vigor, é preciso aprovação no Congresso e sanção presidencial.
Para ele, é preciso dar atenção especial a outros focos de proliferação do mosquito, como floreiras de cemitérios, ferros-velhos e caixas d’água, além das residências. E, neste ponto, se sugere até participação do Exército para eliminar grandes criadores do mosquito, como lixões. No Estado, o Comando Militar do Sul se colocou à disposição do governo, porém a decisão final depende de autorização da União.
Nos municípios, especialmente os menores, a recomendação é que todo o aparato seja utilizado na eliminação de focos. Entre os municípios em situação mais crítica — como Panambi e Santo Ângelo, onde ocorreram dois óbitos por dengue —, algumas medidas se tornaram realidade. Em Santo Ângelo foi criado um comitê envolvendo o poder público e entidades comerciais para garantir o mapeamento das zonas mais críticas. “Realizamos mutirões incentivando os cuidados, além de ampliar o trabalho de divulgação de informações nas escolas”, explica a vice-prefeita Nara Damião.
Em Panambi, houve a ampliação em 120% no número de agentes. A cidade de 40 mil habitantes registrou neste ano 220 casos de dengue. “Enfrentamos resistência da população, por isso, ampliamos as ações”, afirmou a coordenadora da atenção básica de saúde de Panambi, Vânia Abreu.
Multa em São Borja
Em São Borja, o Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde aplicará multa de R$ 2 mil a proprietários de terrenos baldios e prédios abandonados que não recebam limpeza regularmente. A medida integra conjunto de ações visando ao controle do mosquito Aedes aegypti. De acordo com a diretora de Vigilância Sanitária, Cláudia Kemerich, a ação torna-se indispensável em apoio aos mutirões de limpeza em toda a cidade. A situação é considerada de risco crescente, já com proliferação recorde de quase 2,3 mil focos de larvas este ano.
Fonte: Correio
do Povo
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