Mecânico foi assassinado no sábado (5) em distrito
de Assis Chateaubriand.
Animais guardaram o corpo por cerca de 20 horas, até a chegada da polícia.
Animais guardaram o corpo por cerca de 20 horas, até a chegada da polícia.
Cachorros deverão ser doados
por familiares do mecânico assassinado em Assis Chateaubriad (PR).
(Foto: Carlos Corujinha /
Arquivo Pessoal)
Dois cachorros de um
mecânico assassinado em um distrito de Assis Chateaubriand, no oeste do Paraná,
seguiram o corpo do dono transportado pelo Instituto Médico-Legal (IML) por
cerca de 20 km. O repórter cinematográfico Carlos Fernandes dos Anjos registrou
parte do trajeto. Nas imagens, é possível ver apenas um dos cachorros, que
seguia atrás do carro do IML, enquanto o outro corria atrás do carro da
reportagem
"A cena emocionou quem estava por ali. Os cachorros
pareciam muito fiéis ao dono", disse o cinegrafista. "Eles
acompanharam quase todo o trajeto até a saída para a cidade. O maior na frente
do nosso carro, que seguia o do IML, e o menor, atrás do nosso. Eles estavam
bastante nervosos, não deixavam ninguém se aproximar do corpo e depois foram seguindo,
correndo e latindo”, contou.
O mecânico Mauro Batista de Freitas, de 61 anos, foi
morto a golpes de machado na tarde de sábado (5), depois de uma pescaria. O
suspeito de ter cometido o crime se apresentou à polícia no domingo (6) pela
manhã, quando informou onde o corpo estava, no distrito de Terra Nova.
No local, os policiais encontraram os dois cachorros ao
lado do corpo, que estava caído fora do carro que o mecânico dirigia antes de
ser assassinado. Os animais ficaram ao lado do dono por cerca de 20 horas.
O idoso morava sozinho, e familiares de Campo Grande
(MS) seguiram até Assis Chateaubriand para providenciar o velório. O corpo foi
sepultado na manhã desta segunda-feira (7).
“Conversamos com os parentes para saber o que fariam com
os cachorros. Eles eram bastante companheiros do senhor morto. Sempre
acompanhavam para todo lugar aonde ele ia. Disseram que provavelmente vão
deixar para doação. Até pensei em ficar com um deles. Pessoas me falaram que
depois de seguir o carro do IML eles voltaram para o local onde o corpo estava.
Mas ainda não voltei lá para ver”, comentou Carlos.
Até o início da tarde desta segunda, o suspeito do
assassinato permanecia preso.
Fabiula Wurmeister
Do G1 PR
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