Moradores do Bairro Solar do Horizonte em Palmeira das Missões,
estão recebendo visitas pra lá de indesejadas aos arredores do novo loteamento
ao lado do Bairro Amaral em Palmeira.
Pessoas registraram por duas oportunidades, cobras da espécie Urutu-Cruzeiro no local. A primeira aparição foi registrada no dia 28 de abril, em uma vegetação existente nos arredores, os bombeiros foram acionados para fazer a captura do réptil.
A segunda aparição ocorreu no início da tarde desde domingo (2), onde o morador de uma residência nas proximidades da praça central do loteamento, avistou a cobra sob uma boia da piscina da casa.
Há ainda, outros registros feitos por moradores das redondezas em locais aleatórios do bairro.
A espécie Urutu-Cruzeiro, ou ‘Cobra Cruzeira’ como é popularmente conhecida, é uma das mais temidas por seu alto teor de veneno, que pode ser fatal para o ser humano.
Conhecida cientificamente como Bothrops Alternatus, pode ser encontrada em muitos lugares da América do Sul. No Brasil, há alta incidência de acidentes em Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Essa espécie de serpente é terrestre e apresenta um corpo pesado, não se locomovendo de forma tão rápida.
Com tamanho médio de 1,7m, a cobra urutu-cruzeiro possui uma variação de cor entre bege e marrom. Esse tipo de cobra é encontrado em diversos espaços e possui grande distribuição geográfica, mas os lugares mais comuns para se deparar com uma serpente dessa espécie são áreas de pântanos, ribeirinhas ou em outros habitats úmidos.
A cobra urutu-cruzeiro é muito temida pela população brasileira. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o ditado “A urutu quando não mata aleija” é muito disseminado. O veneno dessa espécie é forte e a picada da cobra causa necrose na pele e pode levar à morte, se não tratada a tempo. Há três tipos de acidentes que podem acontecer com o efeito da picada: o leve, quando causa um edema discreto e sai pouco sangue; o moderado, quando aparece o edema e há liberação de sangue; e o grave, que apresenta um edema muito extenso ou largo e ocorre hemorragia e choque.
Além de hemorragias locais, a picada da urutu-cruzeiro pode levar a problemas sistêmicos, como a produção de toxicidade nos rins e hemorragias no cérebro e nos pulmões. Seu efeito é rápido e deve ser tratado imediatamente, já que pode levar a complicações sérias e deixar sequelas após a picada. A vítima precisa ser socorrida e levada a um hospital ou centro de saúde para que um soro antiofídico seja usado como antídoto. O veneno dessa espécie de serpente é tão forte que chegou a matar uma cobra de 600 kg em Santa Catarina.
Santo Augusto Urgente, com informações do Jornalismo da Rádio
Palmeira.
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