Envolvidos no crime e vítima, possuíam desavenças em razão do pleito eleitoral de Boa Vista das Missões, segundo a Polícia Civil
Foto: Reprodução
A Polícia Civil de
Jaboticaba finalizou nesta sexta-feira (28/05) o inquérito policial que apurou
as circunstâncias do duplo homicídio ocorrido em Jaboticaba no dia 16 de maio,
que vitimou o Comissário de Polícia Fabiano Ribeiro de Menezes e José Antonio Rocha
Monteiro.
Segundo
o delegado responsável pelo caso, Gustavo Fleury, não foi possível interrogar
Marcos de Moraes Antunes, autor dos disparos, por ter se reservado a permanecer
em silêncio, enquanto Rudinei Teles da Silva, segue foragido. Entretanto, a
polícia afirma que por meio das câmeras de videomonitoramento do local e demais
diligências de Polícia Judiciária foi possível verificar a conduta de cada
indiciado, reconstituindo todos os eventos ocorridos na data do crime.
A
conclusão é de que Rudinei Teles da Silva e a vítima José Antonio Rocha
Monteiro já possuíam desavenças em razão das últimas eleições municipais
ocorridas em Boa Vista das Missões, onde apoiaram candidatos opostos. “Essa
desavença pré-existente, somada a uma nova discussão política ocorrida durante
a tarde na parte externa do bar, entre Rudinei e José Antonio, ensejou a busca
por uma arma de fogo visando à prática do homicídio”, disse à imprensa.
Ainda
conforme a Polícia Civil, Marcos é atirador desportivo, possuindo registro de
CAC (caçador, atirador e colecionador) junto ao Exército Brasileiro e amigo de
Rudinei. “Por essa razão foi o executor da ação, em razão da sua expertise no
manuseio de armas de fogo”, afirmou Fleury.
As
investigações constataram que a arma usada no crime pertenceria a Rudinei e foi
por ele alcançada, para que Marcos realizasse a ação contra José Antonio. A
análise das câmeras do local, aliadas aos depoimentos coletados apontou que
Marcos e Rudinei chegaram juntos no bar e ambos sabiam que o comissário de
polícia estava no estabelecimento naquele momento. A investigação apontou que
Rudinei se posta próximo ao policial e observa a prática do primeiro homicídio
e em seguida atua decisivamente no homicídio do Comissário de Polícia
dificultando a ação do agente policial, contribuindo de forma relevante para a
sua morte.
Rudnei
e Marcos foram indiciados pela prática de dois crimes de homicídio triplamente
qualificado, além do indiciamento pelo porte ilegal de arma de fogo equiparada
à de uso restrito. O autor dos disparos está preso preventivamente enquanto
Rudinei segue foragido, por isso, a Polícia Civil já converteu o pedido de
prisão temporária em prisão preventiva.
Folha
do Noroeste
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