A
Polícia Civil cumpriu a prisão preventiva expedida pela Justiça de um
proprietário de uma casa de carnes e interditou um estabelecimento comercial,
em Tubarão. A ação faz parte da Operação “Horse” da Delegacia de Delitos de
Trânsito e Divisão de Crimes Ambientais (DTCA), que teve o apoio da Divisão de
Combate a Furtos e Roubos (DCFR).
As
investigações iniciaram há seis meses após dois homens serem presos em Imaruí,
no Sul do Estado, em que cavalos estavam sendo mortos em um abatedouro
clandestino. A Polícia Civil possuía informações no sentido de que uma casa de
carnes de Tubarão era suspeita de comercializar carne equina como se fosse
bovina, ludibriando os consumidores e colocando em risco a saúde pública.
Diversas
amostras de carne comercializadas pelo estabelecimento foram coletadas durante
as investigações e encaminhadas para Brasília/DF para realização de exame
pericial, em cooperação firmada com o Instituto Nacional de Criminalística da
Polícia Federal.
Os
exames periciais de sequenciamento genético realizados pelo Setor de Perícias
em Meio Ambiente e pelo Setor de Perícias em Genética Forense do I.N.C.
constataram que, misturados à carne bovina, havia carne de cavalo e de búfalo.
Além
disso, diligência anterior no estabelecimento constatou uma série de
irregularidades como armazenamento de carnes estragadas com outras a serem
comercializadas, peças de carne inteira e moída sem qualquer identificação de
procedência, além de precária higiene no local que causava forte odor pútrido.
Os
responsáveis pelo abate clandestino dos cavalos foram inquiridos e confirmaram
que vendiam a carne equina à casa de carnes de propriedade dos investigados.
Também foi verificado que um dos proprietários da casa de carnes ofereceu
quantia em dinheiro para que a dupla responsável pelo abate mentisse em seus
depoimentos à Polícia.
O
Delegado de Polícia então representou pela prisão preventiva do proprietário da
casa de carnes, pela suspensão do exercício da atividade em relação à outra
proprietária, pela interdição do estabelecimento comercial e por busca e
apreensão domiciliar. Após parecer favorável do Ministério Público as medidas
foram deferidas pela 2ª Vara Criminal de Tubarão - as ordens judiciais foram
cumpridas na manhã de sábado (13).
Os
proprietários do estabelecimento responderão por receptação qualificada e
crimes contra as relações de consumo, podendo ser condenados a uma pena de até
18 anos de reclusão.
Fonte: Polícia
Civil | SC
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