sexta-feira, 17 de julho de 2020

Amuceleiro quer posição do Estado sobre medicamentos usados contra a Covid-19 e falta de leitos de UTI para a região

Carlos Vigne (Nei) comentou sobre vários aspectos que estão sendo debatidos entre a Famurs e o governo estadual, visando amenizar os impactos da pandemia

Prefeito de Braga e presidente da Amuceleiro, Carlos Vigne (Nei), concedeu entrevista à Rádio Alto Uruguai (Foto: Arquivo / Divulgação)

O presidente da Amuceleiro e prefeito de Braga, Carlos Vigne (Nei), em entrevista concedida à Rádio Alto Uruguai, na tarde de quinta-feira (16), defendeu uma mudança de foco para a região no combate à pandemia de Covid-19, voltando a dar atenção à prevenção e tratamento. Para ele, não adianta abrir mais leitos de UTI Covid, se nas próximas semanas os casos aumentarem e novamente haver necessidade de busca por mais leitos.

Nei disse que, através da Famurs, está sendo cobrado do governo estadual algum tipo de medicamento ou tratamento que estanque a crise, possibilitando que as atividades econômicas possam ser mantidas com menos restrições. O prefeito admitiu que já existem municípios, como é o caso de Santo Augusto, que estão distribuindo o medicamento Invermectina à população, mas que a associação e a Famurs precisam de uma garantia técnica e científica de que os medicamentos a serem receitados, tenham real eficácia e não causem problemas de saúde aos usuários.

Ele adiantou que a CDP (Consultoria em Direito Público), empresa que presta assessoria jurídica à Famurs, já possui um parecer favorável à utilização de alguns medicamentos para tratamento inicial da Covid-19. Porém, segundo ele, estão sendo pedidos mais estudos. “Nós também queremos que o governo estadual se posicione a respeito disso”, ressaltou.

Mesmo entendendo que a ampliação no número de leitos de UTI para tratamento do novo coronavírus não é a solução única para a crise, o presidente da Amuceleiro garantiu que, em conjunto com a Amzop (Associação dos Municípios da Zona da Produção), estarão encaminhando pedido de explicações ao governo do Estado sobre as razões da regional de Palmeira das Missões não ter sido contemplada com novos leitos de UTI Covid, anunciados no início desta semana. “Não vamos aceitar que essa distribuição de leitos seja apenas para algumas regiões. Queremos que o governo explique os seus critérios, já que estão aumentando os casos em nossa regional”.

Quanto à atualização das bandeiras de distanciamento, que acontecerá nesta sexta-feira de forma preliminar, o presidente da Amuceleiro explicou que os municípios que entraram na bandeira vermelha terão de cumprir, no mínimo, 14 dias sob estas regras mais rígidas. Porém, a Famurs, a partir de pedido dos municípios, também cobra uma mudança nesse protocolo do governo. “Por que 14 dias, se muitos casos são revertidos em uma semana? O governo não contabiliza as altas de pacientes que estão acontecendo, e essa é uma cobrança nossa”, sentenciou.

Os municípios da Amuceleiro estão avisados que precisam remeter todos os dados atualizados nesta sexta-feira, para que a associação estude, ao longo do sábado, se há viabilidade de apresentação de recurso, a partir da nova atualização do modelo de distanciamento controlado, com a distribuição das bandeiras por região, que acontecerá no final da tarde.

O presidente da Amuceleiro também fez uma ponderação. “Não podemos cobrar apenas do governo do Estado. É necessário que nós, enquanto lideranças políticas, enquanto mídia e outros setores, cobremos de forma mais firme a população, para que cada um cumpra as medidas de prevenção”. Medidas mais uniformizadas teriam de ser tomadas em nível regional, concordou o prefeito.


Fonte: Rádio Alto Uruguai

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