Prefeito de Braga e presidente da Amuceleiro, Carlos Vigne
(Nei), concedeu entrevista à Rádio Alto Uruguai (Foto: Arquivo / Divulgação)
O presidente da Amuceleiro e
prefeito de Braga, Carlos Vigne (Nei), em entrevista concedida à Rádio Alto
Uruguai, na tarde de quinta-feira (16), defendeu uma mudança de foco para a
região no combate à pandemia de Covid-19, voltando a dar atenção à prevenção e
tratamento. Para ele, não adianta abrir mais leitos de UTI Covid, se nas
próximas semanas os casos aumentarem e novamente haver necessidade de busca por
mais leitos.
Nei
disse que, através da Famurs, está sendo cobrado do governo estadual algum tipo
de medicamento ou tratamento que estanque a crise, possibilitando que as
atividades econômicas possam ser mantidas com menos restrições. O prefeito
admitiu que já existem municípios, como é o caso de Santo Augusto, que estão
distribuindo o medicamento Invermectina à população, mas que a associação e a
Famurs precisam de uma garantia técnica e científica de que os medicamentos a
serem receitados, tenham real eficácia e não causem problemas de saúde aos
usuários.
Ele
adiantou que a CDP (Consultoria em Direito Público), empresa que presta
assessoria jurídica à Famurs, já possui um parecer favorável à utilização de
alguns medicamentos para tratamento inicial da Covid-19. Porém, segundo ele,
estão sendo pedidos mais estudos. “Nós também queremos que o governo estadual
se posicione a respeito disso”, ressaltou.
Mesmo
entendendo que a ampliação no número de leitos de UTI para tratamento do novo
coronavírus não é a solução única para a crise, o presidente da Amuceleiro
garantiu que, em conjunto com a Amzop (Associação dos Municípios da Zona da
Produção), estarão encaminhando pedido de explicações ao governo do Estado
sobre as razões da regional de Palmeira das Missões não ter sido contemplada
com novos leitos de UTI Covid, anunciados no início desta semana. “Não vamos
aceitar que essa distribuição de leitos seja apenas para algumas regiões.
Queremos que o governo explique os seus critérios, já que estão aumentando os
casos em nossa regional”.
Quanto
à atualização das bandeiras de distanciamento, que acontecerá nesta sexta-feira
de forma preliminar, o presidente da Amuceleiro explicou que os municípios que
entraram na bandeira vermelha terão de cumprir, no mínimo, 14 dias sob estas
regras mais rígidas. Porém, a Famurs, a partir de pedido dos municípios, também
cobra uma mudança nesse protocolo do governo. “Por que 14 dias, se muitos casos
são revertidos em uma semana? O governo não contabiliza as altas de pacientes
que estão acontecendo, e essa é uma cobrança nossa”, sentenciou.
Os
municípios da Amuceleiro estão avisados que precisam remeter todos os dados
atualizados nesta sexta-feira, para que a associação estude, ao longo do
sábado, se há viabilidade de apresentação de recurso, a partir da nova
atualização do modelo de distanciamento controlado, com a distribuição das
bandeiras por região, que acontecerá no final da tarde.
O
presidente da Amuceleiro também fez uma ponderação. “Não podemos cobrar apenas
do governo do Estado. É necessário que nós, enquanto lideranças políticas, enquanto
mídia e outros setores, cobremos de forma mais firme a população, para que cada
um cumpra as medidas de prevenção”. Medidas mais uniformizadas teriam de ser
tomadas em nível regional, concordou o prefeito.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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