A Secretaria da Saúde (SES) confirmou nesta
sexta-feira (08/04) mais quatro óbitos por dengue no Rio Grande do Sul,
passando a cinco o total neste ano. Já são quase cinco mil casos registrados
desde janeiro, número que já supera as ocorrências de 2021 no mesmo período. A
prevenção à doença deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o
mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.
As últimas mortes confirmadas aconteceram com moradores de Cristal do Sul (mulher, 85 anos), Horizontina (mulher, 70 anos), Jaboticaba (mulher, 73 anos) e Igrejinha (homem, 79 anos). Os óbitos ocorreram entre os dias 19 de março e 3 de abril. Antes desses, já havia sido confirmada a morte de uma idosa de 76 anos residente de Chapada em 9 de março.
Ano passado, ao todo, o Rio Grande do Sul registrou 11 óbitos pela doença. Contudo, considerando o mesmo período (primeiras 13 semanas do ano), foram três óbitos em 2021 contra os cinco que já tiveram resultado positivo em 2022. Nesse mesmo intervalo do ano passado, haviam sido confirmados 3,9 mil casos contraídos dentro do Estado (autóctones) enquanto esse ano já são 4.952 registros.
Infestação em 88% das cidades gaúchas
O Rio Grande do Sul possui neste momento 435 municípios considerados infestado pelo Aedes aegypti. É o maior número de cidades nessa situação na série histórica do monitoramento, realizado desde 2000.
O expressivo número de casos e a larga distribuição do inseto pelo Rio Grande do Sul levam a SES a reforçar junto a população as medidas de prevenção. A principal ação é a eliminação de locais com água parada, que servem de pontos para o desenvolvimento das larvas do mosquito. Essa proliferação acontece em maior volume nesta época do ano, que alia temperaturas altas com chuvas mais recorrentes.
Sobre o Aedes
O Aedes aegypti tem em média menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. O mosquito costuma ter sua circulação intensificada no verão, em virtude da combinação da temperatura mais quente e chuvas. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do mosquito.
Saiba como eliminar o mosquito em casa
Os depósitos preferencias para os ovos são recipientes domiciliares com água parada ou até na parede destes, mesmo quando secos. Os principais exemplos são pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d'água ou outros reservatórios mal tampados, entre outros.
Entre as medidas preventivas que em casa a pessoa pode fazer estão:
- Manter tampada a caixa d’água, assim como tonéis ou latões que estejam expostos à chuva
- Guardar pneus velhos sob abrigos
- Não acumular água em vasos de plantas ou nos pratos onde ficam (cobrir com areia)
- Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises
- Colocar embalagens de vidro, plástico ou lata em lixeira fechada
- Manter a piscina tratada o ano inteiro
SECRETARIA DA SAÚDE | RS
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