segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Iraí: voluntários constroem casinhas para proteger cães abandonados

Além dos abrigos, construídos próximo à prefeitura, moradores se revezam para dar alimento, remédios e carinho aos animais


(Fotos: Cassiane Scheffer/Divulgação e Gustavo Menegusso)


O abandono de animais é um problema no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam mais de 30 milhões de cães e gatos na rua hoje, no Brasil. A fim de combater essa estatística, o ato é considerado crime de acordo com a Lei Federal n° 9.605/98. Contudo, por mais que haja a punição, muitas pessoas se sentem impunes e autorizadas a agir desta maneira com os animais, já que os pequeninos não têm como se defender.

Entretanto, diversas comunidades estão buscando reverter essa situação. É o caso de Iraí, onde os próprios moradores resgatam os animais e se unem para cuidar deles. Cassiane Scheffer, advogada na cidade e cuidadora voluntária de cães, conta que diversos cachorros foram sendo abandonados pelos donos, conforme se mudavam da cidade, e esses começaram a se aglomerar nos arredores da prefeitura.

Comumente, as pessoas tendem a sentir medo, principalmente por serem animais de grande porte e desconhecidos, que poderiam representar algum tipo de perigo para os trabalhadores e visitantes da região. Sabendo disso, e da situação de abandono que esses cães se encontravam, Cassiane, junto com outros voluntários, como a técnica em radiologia, Themis Ochoa, e a empresária, Fabiane de Cássia Baldin, se mobilizaram para dar uma melhor qualidade de vida para os cachorros e mais “segurança” para as pessoas.

A construção das casinhas

De início, Ediner Kehl, gerente de hotel no município, carinhosamente conhecido como “Dugue”, construiu com recursos próprios três casinhas para os cachorros, e Cassiane, junto com Themis, praticavam um revezamento, para dar alimento, remédios e carinho aos animais. Mas logo a situação não era suficiente, as casinhas começaram a sofrer a degradação do clima e precisaram ser substituídas. No último ano, as voluntárias conseguiram a ajuda de uma marcenaria, para a construção de uma casinha grande, que comporta os três animais, individualmente.

Da mesma forma que pets necessitam de atendimento veterinário, alimentação constante e carinho, os animais em situação de rua também precisam de cuidados. Então, um grupo foi formado no WhatsApp, com vários voluntários que cuidam dos cachorros no dia a dia. “Têm alguns que cuidam dos cachorros como se fossem seus, levam no pet, se precisam de veterinário eles pagam. São todos castrados, todos vacinados”, conta Fabiane.





 

Yasmin Villanova

Jornal O Alto Uruguai

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