Agente de saúde conseguiu resgatar a bebê, que estava envolta em fezes. Circunstâncias do fato estão sendo apuradas pelas autoridades
Fato repercute muito junto à Terra Indígena
neste início de semana (Foto: Paulo Farias)
O repórter e atualmente
secretário de Administração da prefeitura de Tenente Portela, Paulo Farias,
publicou nesta segunda-feira (28), em suas redes sociais, o relato de um fato
emocionante, envolvendo uma bebê recém-nascida, na Terra Indígena Guarita.
Segue, abaixo, as informações:
“Uma das coisas mais tristes e mais emocionantes que eu tive na
vida”. Assim, um profissional de saúde descreveu a cena que presenciou na tarde
desta segunda-feira, 28. Um bebê foi encontrado coberto de fezes junto a uma
“patente” (banheiro antigo), em uma das aldeias da Terra Indígena do Guarita. O
relato foi feito em áudios que ele encaminhou para grupos de WhatsApp.
O profissional, cuja identidade neste momento será preservada,
assim como outros detalhes do fato, relatou que, em meio ao trabalho, foi
chamado por uma indígena dizendo que “tinha uma criança recém-nascida que
estava enterrada”. Junto com uma colega de serviço, foi verificar e presenciou
que no local indicado haviam várias pessoas. Enquanto acompanhava relatos do
que teria acontecido, repentinamente ouviu um choro de bebê. “Eu peguei aquela
latrina arranquei as madeiras, entrei naquela coisa de cabeça, puxei a criança,
e ela começou a chorar. Foi uma emoção fora de série”, descreve.
O servidor detalha que “aquele serzinho” estava coberto de
“fezes, vermes e terra”. Ele acredita que “foi a ação de Deus” que
milagrosamente permitiu que o recém-nascido sobrevivesse. Em seguida o bebê foi
conduzido ao Hospital Santo Antônio, em Tenente Portela. A mãe, identificada
posteriormente, também foi levada para atendimento na casa de saúde. A mulher e
a criança permanecem internadas, segundo a direção do hospital.
O profissional de saúde informou que o fato foi registrado na
Delegacia de Polícia e que a Promotoria Pública de Tenente Portela, já estaria
atuando no caso. “É possível que a mãe possa ter tido um transtorno
psiquiátrico, conhecido também como psicose puerperal”, revela.
O personagem deste acontecimento, que prefere não se colocar na
condição de herói, credita aos “desígnios de Deus” o que vivenciou nesta tarde.
Ontem à noite ele teve notícias de que o bebê, uma menina, “graças a Deus, está
bem”.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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