quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Amuceleiro debaterá questão das aulas em assembleia regional nesta sexta-feira

Encontro terá participação da Undime Celeiro, órgão que congrega os secretários e secretárias municipais de educação.

Retorno das aulas presenciais segue indefinido (Foto: Secretaria Estadual de Educação do RS / Arquivo)

A Amuceleiro deverá debater nesta sexta-feira (25), em assembleia regional entre prefeitos e representantes das Secretarias Municipais de Educação da nossa região, a questão do retorno ou não das aulas e todo o contexto que envolve essa decisão.

A reportagem da Rádio Alto Uruguai entrou em contato com três municípios da nossa região, através de suas secretarias de educação. Neste momento, a posição majoritária entre a Amuceleiro, é de que as aulas não podem ser retomadas, em função dos riscos de contaminação pelo novo coronavírus e das dificuldades em se garantir a segurança em saúde de todos os envolvidos.


A Undime Celeiro, órgão representativo dos secretários e secretárias de educação dos municípios que integram a Amuceleiro, promoveu encontro na quarta-feira e nesta sexta estará representada na reunião da Amuceleiro, para debater de forma conjunta e definir um posicionamento a respeito desse tema do retorno ou não às aulas.


Três Passos
O município de Três Passos está debatendo o assunto, mas há um grande receio em uma possível volta às aulas presenciais. De acordo com a secretária de Educação, Gabriela Matte, hoje a posição majoritária é pela manutenção das atividades híbridas, de forma remota, com momentos de contato presencial, sob agendamento, com os alunos, as escolas, respeitando o distanciamento controlado.


Outra preocupação da equipe da SMEC de Três Passos é com a higienização dos ônibus escolares e o cumprimento do distanciamento entre as crianças. “Esse é um momento muito conturbado, pois todo o cenário muda a cada semana, desta forma é importante um posicionamento para podermos aprimorar o ensino híbrido e remoto”.


O município realizou licitação para compra de todo material sanitizante exigido pelo Ministério da Saúde, mas os itens ainda não foram entregues pela empresa vencedora do processo licitatório.


Três Passos adotou uma apostila, garantindo que 100% dos alunos tenham o conteúdo com qualidade e equidade. “Mesmo os alunos que não tenham internet receberam as apostilas para realizar suas atividades, com entrega a cada mês”.


Para Gabriela Matte, Três Passos evoluiu no auxílio à internet. Alunos da pré escola ao 5º ano, têm grupos de WhatsApp, onde recebem o conteúdo através de vídeos, atividades e explicações de forma remota. Do sexto ao nono ano, é utilizada a plataforma Google Classroom (encaminhamento de atividades e os alunos podem responder na mesma plataforma). Aulas pelo Google Mett também foram desenvolvidas, inclusive com aulas em tempo real.


O município também está realizando um trabalho de formação continuada, elaborado neste momento de pandemia. “Os professores realizam estudo duas vezes por semana, com referências nacionais e internacionais na questão do ensino híbrido, avaliação nesse período remoto, atividades pensadas para alunos que necessitam de inclusão”, destaca a secretária de Educação.


Para Gabriela, é mais viável aprimorar o que vem sendo realizado, encerrando desta forma o ano letivo de 2020, conseguindo desenvolver as aprendizagens e os conteúdos aos alunos, sem correr os riscos de não haver segurança total na questão da saúde.


Humaitá
A Secretaria Municipal de Educação de Humaitá confirmou ter uma posição contrária ao retorno das aulas neste momento, e menos ainda, de um recomeço pela educação infantil. “Quando este retorno acontecer, deve começar pelos alunos maiores e gradualmente, depois, chegar aos alunos menores, dos anos iniciais”, afirma a secretária, Claudia de Campos.


O município realizou uma enquete com os pais de alunos da rede municipal, sobre o retorno ou não das aulas. 76,4% dos pais manifestaram não querer o retorno neste momento, e 23,6% favoráveis. Esses dados foram encaminhados à regional da Undime Celeiro, que estará apresentando os números de cada município na reunião da Amuceleiro.


A grande maioria dos pais, nesta enquete, também optou para que seja dada continuidade às atividades não presenciais e vídeo-aulas até o final do ano, devido ao risco ainda alto de contaminação pela Covid-19.


Desde abril, a SMEC de Humaitá vem desenvolvendo atividades não presenciais, que podem ser impressas nas escolas e os pais retiram a cada 15 dias.


Os alunos que conseguem as atividades por meios digitais, recebem por meio de WhatsApp. No mês de julho, foram iniciados conteúdos novos, com vídeo-aulas que são gravadas pelos professores e encaminhadas pelos grupos de WhatsApp aos alunos.


Para os alunos que não possuem acesso à internet, foi disponibilizado o laboratório de informática das escolas, com um profissional que acompanha as atividades, mantendo-se o distanciamento e evitando aglomerações, através de um prévio agendamento.


De acordo com a secretária Claudia, várias reuniões já foram realizadas entre a administração municipal, SMEC e dirigentes escolares, para planejar as atividades e o cumprimento das 800 horas, que são necessárias serem realizadas até o final do ano.


O município segue acompanhando as informações de entidades como Famurs e Undime, que são órgãos consultivos, através de boletins e informações, sobre a análise do retorno às aulas.


Crissiumal
O município de Crissiumal confirmou à nossa reportagem que está seguindo as orientações da Famurs. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, mesmo que o Estado tenha liberado o retorno às aulas presenciais em determinadas situações, a entidade municipalista até o momento entende que não é possível o retorno das aulas.


O município de Crissiumal acredita que o retorno das atividades presenciais, neste momento, não é a melhor alternativa. A grande maioria de pais de alunos também se manifestou contra o retorno.


Atividades escolares estão sendo realizadas remotamente desde o início da pandemia, em Crissiumal. Alguns alunos têm orientações e atividades online e outros têm suas atividades impressas e são retiradas na escola. De acordo com a SMEC, todos são orientados e acompanhados, mesmo que remotamente, pelos professores.


Fonte: Rádio Alto Uruguai

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