Fato ocorreu em Panambi, na madrugada do dia 30 de junho
Foto: Divulgação
A Polícia Civil
finalizou nesta sexta-feira, 9, o inquérito policial que apurou as
circunstâncias sobre o bebê que foi arremessado da janela de um ônibus, na
madrugada do dia 30 de junho, em Panambi. A investigação aponta o crime de
tentativa de homicídio, praticado pela própria mãe, uma mulher de 20 anos, que
reside na cidade de Dezesseis de Novembro, região das Missões.
Conforme
explica o delegado responsável pelo inquérito, Gustavo Fleury, ainda na noite
do fato, a Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar e de denúncias anônimas
realizadas por populares, identificou e localizou a mãe da criança, no
município de Dezesseis de Novembro. A jovem de 20 anos foi interrogada em São
Luiz Gonzaga e foi liberada, pois não havia requisitos legais para prisão em flagrante.
–
A mãe da criança assumiu a autoria do delito, informando que o parto ocorreu
dentro do coletivo em movimento, e que arremessou a criança pela janela do
banheiro após colocá-la dentro de uma sacola plástica. Declarou que escondeu a
gravidez de seus familiares, que não sabia quem seria o pai do bebê e que não
teria condições de criar a criança –, detalha o delegado.
No
dia 1º de julho, a Polícia Civil solicitou ao Judiciário, a prisão preventiva
da acusada, além da expedição de mandado de busca e apreensão. Ambos os pedidos
foram deferidos e cumpridos ainda na tarde do mesmo dia, com a prisão da jovem.
A mulher foi encaminhada à perícia, para verificar a possibilidade de problemas
psíquicos durante a gravidez. De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi
realizada no Departamento Médico Legal de Ijuí, o que não foi apontado no laudo
pericial. Após, a mulher foi encaminhada à penitenciária modulada do município.
–
As investigações prosseguiram com a oitiva de passageiros do ônibus, do
motorista do coletivo, bem como de familiares da jovem, os quais, em seus
depoimentos, trouxeram informações que ratificam a versão apresentada pela
indiciada quando de seu interrogatório. No celular da autora foram encontrados
diálogos com amigos e familiares, contatos ocorridos durante a viagem e no dia
seguinte ao fato. O teor dos diálogos também corrobora a versão apresentada
pela jovem –, complementa Fleury.
O
delegado finaliza informando que na conclusão das investigações foram
constatadas evidências de que a jovem tinha plena consciência de seus atos e
que seu propósito na data do crime era o de matar a filha recém-nascida, razão
pela qual foi indiciada pela prática de crime de tentativa de homicídio
qualificado por motivo torpe, por emprego de meio cruel e mediante recurso que
dificultou a defesa da vítima.
*Com informações da Polícia Civil
Folha do Noroeste
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