sexta-feira, 9 de julho de 2021

Polícia Civil finaliza inquérito sobre bebê arremessado de janela de ônibus

Fato ocorreu em Panambi, na madrugada do dia 30 de junho


Foto: Divulgação


A Polícia Civil finalizou nesta sexta-feira, 9, o inquérito policial que apurou as circunstâncias sobre o bebê que foi arremessado da janela de um ônibus, na madrugada do dia 30 de junho, em Panambi. A investigação aponta o crime de tentativa de homicídio, praticado pela própria mãe, uma mulher de 20 anos, que reside na cidade de Dezesseis de Novembro, região das Missões.


Conforme explica o delegado responsável pelo inquérito, Gustavo Fleury, ainda na noite do fato, a Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar e de denúncias anônimas realizadas por populares,  identificou e localizou a mãe da criança, no município de Dezesseis de Novembro. A jovem de 20 anos foi interrogada em São Luiz Gonzaga e foi liberada, pois não havia requisitos legais para prisão em flagrante.


– A mãe da criança assumiu a autoria do delito, informando que o parto ocorreu dentro do coletivo em movimento, e que arremessou a criança pela janela do banheiro após colocá-la dentro de uma sacola plástica. Declarou que escondeu a gravidez de seus familiares, que não sabia quem seria o pai do bebê e que não teria condições de criar a criança –, detalha o delegado.


No dia 1º de julho, a Polícia Civil solicitou ao Judiciário, a prisão preventiva da acusada, além da expedição de mandado de busca e apreensão. Ambos os pedidos foram deferidos e cumpridos ainda na tarde do mesmo dia, com a prisão da jovem. A mulher foi encaminhada à perícia, para verificar a possibilidade de problemas psíquicos durante a gravidez. De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi realizada no Departamento Médico Legal de Ijuí, o que não foi apontado no laudo pericial. Após, a mulher foi encaminhada à penitenciária modulada do município.


– As investigações prosseguiram com a oitiva de passageiros do ônibus, do motorista do coletivo, bem como de familiares da jovem, os quais, em seus depoimentos, trouxeram informações que ratificam a versão apresentada pela indiciada quando de seu interrogatório. No celular da autora foram encontrados diálogos com amigos e familiares, contatos ocorridos durante a viagem e no dia seguinte ao fato. O teor dos diálogos também corrobora a versão apresentada pela jovem –, complementa Fleury.


O delegado finaliza informando que na conclusão das investigações foram constatadas evidências de que a jovem tinha plena consciência de seus atos e que seu propósito na data do crime era o de matar a filha recém-nascida, razão pela qual foi indiciada pela prática de crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, por emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. 



*Com informações da Polícia Civil


Folha do Noroeste

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