Reprodução
Em nota
divulgada pela Assessoria de Comunicação do Hospital Vida e Saúde de Santa
Rosa, foi repassado o estado de saúde da recém-nascida que foi arremessada de
um ônibus em movimento em Panambi. O bebê que apresentou um edema cerebral,
dentre outros ferimentos, permanece na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da
casa de saúde e seu estado é grave. A recém-nascida está há duas semanas no
hospital.
Na
última sexta-feira, Polícia Civil finalizou o inquérito policial que
apurou as circunstâncias do crime de homicídio qualificado na forma tentada
contra um bebê recém-nascido que foi arremessado da janela de um ônibus
intermunicipal, fato ocorrido na manhã do dia 30 de junho, em Panambi Ainda na
noite do fato a Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar e de denúncias
anônimas realizadas por populares logrou êxito na identificação e localização
da mãe da criança no município de Dezesseis de Novembro. A jovem, Andrieli
Balbueno, de 20 anos de idade restou interrogada em São Luiz Gonzaga/RS, sendo
posteriormente liberada em razão da inexistência, naquele momento, de
requisitos legais para a sua prisão em flagrante. A mãe da criança vítima
assumiu a autoria do delito, informando que o parto ocorreu dentro do coletivo
em movimento e que arremessou a criança pela janela do banheiro após colocá-la
dentro de uma sacola plástica. Declarou que escondeu a gravidez de seus
familiares, que não sabia quem seria o pai do bebê e que não teria condições de
criar a criança. Na manhã seguinte, dia 1º/07/2021 a Polícia Civil angariou
informações que ensejaram representação ao Poder Judiciário pela decretação da
prisão preventiva da autora do crime, bem como pela expedição de mandado de
busca e apreensão. Ambos os pedidos foram deferidos e cumpridos ainda na tarde
do mesmo dia. A jovem foi presa. Posteriormente foi encaminhada à perícia para
verificar a possibilidade dela estar com alterações psíquicas em razão de
possível estado puerperal no momento do crime. A perícia foi realizada junto ao
Departamento Médico-legal do IGP/RS de Ijuí, momentos antes de a autora ser
encaminhada à Penitenciária Modulada daquele município. As investigações
prosseguiram com a oitiva de passageiros do ônibus, do motorista do coletivo,
bem como de familiares da jovem, os quais, em seus depoimentos, trouxeram
informações que ratificam a versão apresentada pela indiciada quando de seu
interrogatório. No celular da autora foram encontrados diálogos com amigos e
familiares, contatos ocorridos durante a viagem e no dia seguinte ao fato. O
teor dos diálogos também corrobora a versão apresentada pela jovem. O laudo
pericial de estado puerperal não apontou evidências de que a autora tivesse
praticado o crime em razão de alterações físicas ou psíquicas. Na conclusão das
investigações foram constatadas evidências de que a jovem tinha plena
consciência de seus atos e que seu propósito na data do crime era o de atentar
contra a vida de sua filha recém-nascida, razão pela qual restou indiciada pela
prática de crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, por
emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Fonte: Paulo
Marques Notícias
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