Técnicos da Secretaria da Agricultura seguem acompanhando movimento dos insetos.
Espécie Zoniopoda iheringi tem cor verde
com terminações das pernas avemelhadas Entomologia (Foto: Ufpel)
O surto de gafanhotos que
atinge o Rio Grande do Sul segue sendo monitorado em 22 cidades, pela
Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. O foco de
atenção é o noroeste gaúcho, mas, de acordo com os técnicos da pasta, não há motivos
para grandes preocupações, já que a maior incidência dos insetos permanece
concentrada nas áreas de mata nativa e não nas de lavoura.
De acordo com Ricardo Felicetti, chefe da divisão de Defesa
Vegetal da Secretaria da Agricultura, as cidades acompanhadas de perto são Bom
Progresso, Campo Novo, Chiapeta, Coronel Bicaco, Santo Augusto, São Valério do
Sul, Redentora, Braga, Nova Ramada, São Martinho, Alegria, Boa Vista do Buricá,
Catuípe, Humaitá, Ijuí, Independência, Inhacorá, Nova Candelária, Palmeira das
Missões, São José do Inhacorá, Sede Nova e Três de Maio.
— Os focos de trabalho permanecem concentrados nessa região de
monitoramento. Continuaremos trabalhando assim nesta semana. Até o momento, não
registramos danos relevantes nas lavouras, somente nas adjacências. E o que
vimos estamos avaliando ainda se foram, realmente, provocados pelos gafanhotos
ou outro tipo de praga. Fazemos essa ponderação, porque é muito comum o
aparecimento de pragas nas lavouras nesta época do ano. Por enquanto, os
prejuízos são visíveis nas matas nativas — afirma Felicetti.
O chefe da divisão de Defesa Vegetal do Estado informa ainda que
os municípios de Santo Augusto e São Valério do Sul são os que registram o
maior número de incidências de gafanhotos neste momento, mas não especificou
quantos focos são ao todo.
Foram identificadas duas espécies de gafanhotos na região
noroeste: a Zoniopoda iheringi e ninfas de Chromacris speciosa. Ambas pertencem
à mesma família, a Romaleidae, que não tem hábitos migratórios. Os insetos são
diferentes da espécie migratória sul-americana (Schistocerca cancellata), que
formou grandes nuvens na Argentina em junho e levou o Estado à condição de
emergência fitossanitária.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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