Varíola dos macacos é uma
doença viral endêmica no continente Africano.
A Secretaria da Saúde (SES) passou nesta
segunda-feira (30) a considerar suspeito da varíola do macaco (chamada de
monkeypox) um caso que estava em monitoramento desde sexta-feira (27). Trata-se
de um residente de Portugal que encontra-se em viagem a Porto Alegre.
O conceito de caso suspeito estabelecido pelo
Ministério da Saúde passou por uma atualização nesta segunda-feira, a partir da
qual foi possível relacionar esse caso registrado na Capital. O homem procurou
atendimento médico no último dia 19 e novamente no dia 23 deste mês. Paciente
desconhece contato com pessoas em Portugal que sejam confirmadas ou suspeitas
para a doença varíola do macaco até o presente momento e relata melhora parcial
das queixas citadas com tratamento instituído. Caso segue em monitoramento e
acompanhamento clínico na residência de familiares.
Para ser considerado suspeito, o caso precisa ser
de um indivíduo que, a partir de 15/03/22, apresente início súbito de febre,
adenomegalia (aumento dos linfonodos do pescoço) e erupção cutânea aguda do
tipo papulovesicular de progressão uniforme e que apresente um ou mais dos
seguintes sinais ou sintomas: dor nas costas, astenia (perda ou diminuição da
força física) e cefaleia (dor de cabeça).
As suspeitas quando identificadas ainda seguem
uma investigação no intuito de descartar as doenças que se enquadram como
diagnóstico diferencial, como a varicela (catapora), sarampo, dengue, zika,
chikungunya, herpes zoster, herpes simples, infecções bacterianas de pele,
sífilis, reações alérgicas, entre outras.
Os suspeitos tem coletadas amostras de material
vesicular (secreção da vesícula), crosta (lesão da pele), sangue, urina e
secreções do nariz e boca. O laboratório de referência para o Rio Grande do Sul
para a varíola dos macacos (monkeypox) é o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo
(SP).
Varíola dos
macacos
Recentemente, casos de infecção do vírus têm sido
relatados em Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos. Até pouco tempo,
todos casos fora da África eram casos importados de viajantes recentes à
República Democrática do Congo ou à Nigéria. Os casos reportados em maio de
2022 são os primeiros casos autóctones, cuja via de transmissão ainda não se
tem estabelecida ao certo.
O Monkeypox virus, embora seja conhecido por
causar a “varíola do macaco” ou “varíola símia”, é um vírus que infecta
roedores na África, e macacos são provavelmente hospedeiros acidentais, assim
como o homem. A infecção possui sintomas bem similares à varíola humana, porém
com baixas taxas de transmissão e de letalidade.
SECRETARIA DA SAÚDE
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