Bolsonaro garantiu que todos os casos envolvendo
GLO passarão por crivo
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta
sexta-feira que o projeto
que prevê excludente de ilicitude para militares e agentes de segurança será exclusivo para casos ocorridos em operações de
Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Ele negou que casos como o do policial
militar acusado de ter disparado o tiro que matou a menina Ágatha Félix, de
apenas 8 anos, possam ser enquadrados na nova lei. "O projeto nosso trata
de GLO e quem estiver conosco nessa operação", afirmou Bolsonaro, após
proferir palestra na Escola de Comando e Estado Maior do Exército, na Urca,
zona sul do Rio.
"Não é justo, por exemplo - vou citar o caso
das Forças Armadas -, um garoto de 20 anos de idade, torce pro Flamengo, tem
sua namorada, vai pra praia no fim de semana, e numa operação GLO acontece um
imprevisto numa área urbana, você é submetido a uma auditoria militar e pega de
12 a 30 anos de cadeia. Isso não é justo", defendeu.
O presidente garantiu ainda que todos os casos
serão analisados. "Nenhum militar vai sair cometendo absurdos e excessos.
Isso não passa por nossas cabeças. Um possível excesso doloso teria
punição", afirmou.
CNH
Em aceno aos caminhoneiros, o presidente Jair
Bolsonaro voltou a defender propostas de mudanças no Código de Trânsito
Brasileiro, que incluíram o aumento do número de pontos para se ter a carteira
de motorista cassada e um prazo duas vezes maior na validade do documento.
"A gente apresenta o projeto e os
parlamentares emendam. A alma do projeto é passar de cinco pra dez anos a
validade da carteira de motorista, e passar de 20 pra 40 pontos a possibilidade
de se perder a carteira", disse o presidente. "Os caminhoneiros rodam
o País todo e perdem rapidamente a carteira de motorista", sustentou.
Outra mudança defendida por ele é na aplicação de
multas por excesso de velocidade. "Por decisão minha, junto com o
Denatran, (pedi) a suspensão das multas por radares móveis."
Por AE
Correio do Povo
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