quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Polícia acredita que adolescente era principal alvo de chacina em bar de Porto Alegre

Jovem, que trabalhava no estabelecimento comercial, foi atingido por sete tiros

Chacina ocorreu em um bar na Vila Vitória da Consquista, zona Norte de Porto Alegre  | Foto: Ricardo Giusti
   Chacina ocorreu em um bar na Vila Vitória da Consquista, zona Norte de Porto Alegre | Foto: Ricardo Giusti

As investigações ainda estão no início, e muitas informações sobre a chacina que matou quatro pessoas em um bar, na zona Norte de Porto Alegre, na noite dessa quarta-feira, estão desencontradas. Mas a Polícia Civil acredita que o alvo principal do ataque era um adolescente de 16 anos. Ele foi atingido por sete tiros.

"A forma como se deu a execução e a quantidade de disparos levam a crer que a chacina tinha como alvo principal o adolescente. Mas ainda é cedo para dizer se os outros mortos eram alvos ou se foram atingidos de forma aleatória", explica o delegado Cassiano Cabral, da 3ª Delegacia de Homicídios.

Por volta das 20h30, quatro homens entraram atirando no estabelecimento comercial na Vila Vitória da Conquista, no bairro Rubem Berta. Além do adolescente, outras três pessoas morreram: o dono do bar, Dionatan Leandro Alves de Oliveira, 33 anos, o dono do prédio onde fica o bar, Osmar da Cruz Vieira, 40, e o proprietário de uma barbearia na região, Deivis da Cruz Vieira, 23.

A Polícia Civil acredita que a motivação do crime tenha como pano de fundo o tráfico de drogas. A região hoje é comandada pela facção conhecida como Anti-Bala. Por muito tempo, quem estava à frente da distribuição de drogas na Vila era a quadrilha dos Vintém. Com a prisão de dois líderes da gangue, os Anti-Bala tomaram conta do ponto de tráfico. Segundo Cabral, desde 2015, muitos homicídios foram cometidos na região por causa da disputa do tráfico. Dos assassinatos ocorridos em Porto Alegre, 20% são no bairro Rubem Berta.

"A chacina tem como pano de fundo o tráfico de drogas. Mas a motivação específica do crime pode se dar em torno de um ponto de venda ou até por vingança", disse o delegado. A Polícia Civil analisará imagens de câmeras de segurança e conversará com testemunhas para ver a dinâmica do crime.


Raphaela Suzin
Correio do Povo

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