Policiais
lançaram bombas de gás e se mobilizaram com escudos em frente a prédio no
Centro de Porto Alegre
Policiais lançaram bombas de gás e se
mobilizaram com escudos em frente a prédio no Centro de Porto Alegre
Foto:
Ananda Muller / Rádio Guaíba / Especial CP
*Com
informações das repórteres Jessica Hübler, Ananda Muller, Daiane Vivatti e
Samantha Klein.
O Batalhão de
Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar começou operação, no
início da noite desta quarta-feira, para retirar o movimento Lanceiros Negros
do prédio ocupado na General Câmara, Centro de Porto Alegre. Os policiais
chegaram em frente ao local, já munidos dos escudos e lançando bombas de gás
lacrimogênio.
Ainda assim,
os ocupantes do prédio resistiram inicialmente à carga do Batalhão de Choque. A
ação é comandada pelo 9º Batalhão de Polícia Militar. Na ação, o deputado
estadual Jeferson Fernandes teria sido agredido no local – em seguida ele teria
sido detido. Um oficial de justiça deu voz de prisão, em meio ao confronto,
para todos os que estavam bloqueando a desocupação. Muitos dos que saíram, com
apoio de alguns populares, se mobilizaram na avenida Salgado Filho e fizeram um
cordão na avenida para protestar. A cavalaria da BM foi acionada para
desbloquear o trânsito.
Presente
no local, o vereador do PSol, Roberto Robaina, condenou a
"brutalidade" da polícia. "É uma situação absurda, usar força
contra moradores. Prenderam um deputado, é completamente absurdo", lamentou.
Seu correligionário, Pedro Ruas, reforçou o argumento. "Violência brutal
da Brigada Militar. Esse prédio está desocupado há oito anos, essas famílias
são queridas pela vizinhança", definiu.
“A gente
está lutando pela nossa moradia”, diz integrante
“Várias
pessoas que estão morando ali estão vindo de condições que já foram
prejudicadas por enchentes e com a violência que existe na periferia, área de
riscos. A gente está lutando pela nossa moradia, mas o governo não traz nenhuma
opção a não ser nos retirar daqui”, disse um integrantes do movimento, André
Ferraz.
Ele
revelou que o objetivo do grupo era se manter o máximo possível no prédio. “A
gente tem a ideia de resistir aqui até o máximo que der. Tem pessoas que não
querem sair. Fora os moradores, outras pessoas manifestaram apoio e vão dormir
aqui e vão continuar ocupando o prédio. Ninguém quis desocupar”, acrescentou
Ferraz.
A Justiça expediu, nesta segunda-feira, a ordem
de reintegração de posse da Ocupação Lanceiros Negros, no Centro de Porto
Alegre. O prédio, de propriedade do governo gaúcho, é ocupado desde novembro de
2015. Com a decisão, da 7ª Vara da Fazenda Público do Foro Central, fica
permitido o uso da força policial para que seja cumprida a ordem de saída dos
manifestantes, a qualquer momento.
Fonte: Correio do Povo
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