Jeferson
Fernandes afirmou que tentou mediar situação entre movimento Lanceiros Negros e
policiais
Eu não sei porque fui preso e nem porque fui
solto, diz deputado | Foto: Reprodução / Twitter / CP
O
presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa, deputado Jeferson Fernandes (PT) afirmou nesta quinta desconhecer
os motivos que levaram a sua prisão durante a ação policial na
reintegração de posse do prédio ocupado pelo movimento Lanceiros Negros na noite dessa quarta-feira, no Centro de Porto Alegre. "Eu
não sei porque fui preso e porque fui solto", afirmou durante entrevista à
Rádio Guaíba. "Me derrubaram, me arrastaram no meio da tropa, torceram meu
braço e me mandavam calar a boca o tempo todo. Depois que se está algemado, não
tem porque esfregar a cara dos outros no chão e levar cassetete como
levei", recordou.
"Eles (policiais)
transitaram comigo no Centro, jogando a viatura de um lado e para o outro
fazendo manobras perigosas para que eu sentisse medo. Logo depois estacionaram
no Piratini por uns 20 minutos. E imagino que pela repercussão que deu, eles se
deslocaram até em frente do Theatro São Pedro e nos soltaram", disse
Fernandes, que relatou que estava com mais duas mulheres dentro da viatura do
Batalhão de Operações Especiais (BOE).
Durante a
desocupação, o deputado disse que foi até o local para mediar situação entre os
moradores do prédio e os policiais. "Não tinha comando a tropa. Ninguém
veio falar comigo. Eu representava a Assembleia Legislativa. Não estava
passeando, estava ali pra evitar o que aconteceu. Uma violação de
direitos", afirmou. "Qualquer cidadão devia ser respeitado",
acrescentou.
Fernandes pretende se reunir com
outros deputados da Assembleia Legislativa e estudar medidas para que situações
violentas como as
que ocorreram na noite dessa quarta não se repitam. "O principal é que as
pessoas não apanhem como se fossem bandidos. Eu quero que o papel do
parlamentar seja respeitado em situações como estas. Também temos o papel de
mediação de conflito. Aquilo foi desrespeitado e temos que cobrar a
conduta", concluiu.
Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba
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