Decisão dá início ao processo de investigação
Decisão dá início ao processo de investigação
na PF | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação
Lava Jato, determinou nesta segunda o envio dos inquéritos envolvendo os
senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL)
para a Polícia Federal (PF). A decisão dá início ao processo de investigação na
PF, que poderá solicitar quebras de sigilo telefônico e fiscal, além da oitiva
dos próprios acusados. As investigações envolvendo outros parlamentares também
deverá seguir o mesmo procedimento nos próximos dias.
Os inquéritos foram abertos pelo
ministro, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para apurar
citações aos nomes dos parlamentares nos depoimentos de delação de
ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Aécio Neves e Romero Jucá são os que
acumulam o maior número de pedidos de investigações na Lava Jato, cinco ao
todo. Renan Calheiros foi citado em quatro inquéritos envolvendo a Odebrecht e
passou a responder a 12 investigações na operação.
Outro lado
Após a abertura da investigação,
o senador Aécio Neves disse considerar "importante o fim do sigilo sobre o
conteúdo das delações". Segundo o comunicado, a divulgação das
colaborações premiadas foi solicitada pelo próprio parlamentar a Fachin na
semana passada. "(Aécio Neves) considera que assim será possível
desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta",
informou a assessoria do senador.
Já Romero Jucá disse que
"sempre esteve" e "sempre estará" à disposição da Justiça
para qualquer informação. "Nas minhas campanhas eleitorais, sempre atuei
dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas", disse o
parlamentar, também por meio de nota.
Renan Calheiros disse que a
abertura dos inquéritos permitirá que ele possa conhecer "o teor das
supostas acusações para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja
apenas baseado em vazamentos seletivos de delações". "Um homem
público sabe que pode ser investigado. Mas isso não pode significar uma
condenação prévia ou um atestado de que alguma irregularidade foi cometida.
Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como
aconteceu com o primeiro deles", argumentou o senador e ex-presidente do
Senado.
Agência
Brasil
Correio
do Povo
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