Pentágono suspeita que ainda haja armas químicas em base
aérea no país
Pentágono suspeita que ainda haja armas
químicas em base aérea no país
Foto: Sameer Al-Doumy / AFP / CP
A Casa
Branca advertiu nesta segunda-feira à Síria que o Exército americano poderá
voltar a agir em represália caso sejam registrados mais ataques com armas
químicas ou bombas de barril. "Se jogarem gás em um bebê ou lançarem uma
bomba de barril contra gente inocente, haverá uma resposta deste
presidente", garante porta-voz de Donald Trump, Sean Spicer, em uma
mensagem direta ao governante sírio, Bashar al Assad.
O
presidente americano ordenou na semana passada um bombardeio com mísseis contra
uma base aérea do regime sírio, alegando que ela foi usada para executar um
suposto ataque químico com gás sarin no reduto rebelde de Khan Sheikhun que
deixou quase uma centena de mortos.
Essa é a
primeira vez que a Casa Branca faz referência às bombas de barril, um tipo de
artefato explosivo que não tem direção e que por isso costuma provocar um
grande número de vítimas. Assad nega que seu Exército use este tipo de arma.
O governo
americano voltou a insistir na necessidade de que o presidente sírio renuncie
para que o país supere a guerra civil que começou em 2011. "Não se pode
imaginar uma Síria estável e pacífica com Assad no poder", ressaltou
Spicer.
Armas
escondidas
"O
governo sírio provavelmente tem reservas de armas químicas na base aérea que os
Estados Unidos bombardearam na semana passada, mas este arsenal ficou
deliberadamente intacto no ataque", disse nesta segunda-feira um
funcionário do Pentágono.
Especialistas
de Inteligência dos Estados Unidos avaliam se o Exército do presidente sírio,
Bashar al Assad, esconde essas armas em depósitos de munições na base aérea de
Shayrat, perto de Homs (centro), disse o coronel John Thomas, porta-voz do
Comando Central americano.
"Suspeitamos
que há uma significativa probabilidade de que haja mais armas químicas que poderiam
estar prontas para serem lançadas [...], motivo pelo qual não
bombardeamos" essas instalações, disse Thomas à imprensa. O Pentágono não
quis disparar contra essas reservas químicas para não se arriscar a gerar uma
nuvem de gás tóxico sobre algumas regiões da Síria.
Os
Estados Unidos estão convencidos de que Al Assad está armazenando armas
químicas, mas os analistas de inteligência não sabem com certeza do que se
trata. Al Assad deveria ter dado fim ao arsenal químico da Síria, em
cumprimento a um acordo de 2013, e enviá-las à Rússia.
AFP
Correio
do Povo
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