Períodos de insolação e umidade adequadas à fase da maturação
vêm dando boa qualidade aos produtos
Períodos de insolação e umidade adequadas à
fase da maturação vêm dando boa qualidade aos produtos
Foto: Fernando Kluwe Dias / Seapi / Divulgação
/ CP
As
condições climáticas favorecem a colheita das três principais culturas de verão
no Rio Grande do Sul. Nesta semana, segundo o Informativo Conjuntural da
Emater, além do milho, que já tem 35% da área colhida, as máquinas começaram e
recolher os grãos maduros do arroz, em 2% da área plantada, e da soja, em 1%.
Ao mesmo tempo, os preços do milho e da soja estão em baixa na comparação com
as semanas anteriores. Já o do arroz mantém-se acima da média para esta época
do ano.
De acordo
com a Emater, foram colhidas as primeiras lavouras de soja nas Missões, com
produtividade de 50 sacas por hectare. O trabalho vai se intensificar a partir
de agora, já que outros 10% da área estão maduros. A produção estimada pela
Emater é de 15,8 milhões de toneladas. O preço da saca de 60 quilos chegou,
nesta semana, a R$ 65,47. Na semana passada, era de R$ 66,51, enquanto que a
média histórica de fevereiro é de R$ 72,18.
“Acredito
que o preço pode cair um pouco mais por pressão da oferta, já que teremos uma
safra muito boa em praticamente todos os estados”, avalia o presidente da
Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/RS), Luis Fernando Fucks. Ele
considera que a recuperação dos valores deve ocorrer a partir de maio.
“Infelizmente, nem todos os sojicultores vão conseguir segurar a safra até lá”.
O milho,
que agora tem a colheita acelerada para evitar problemas de logística com a
entrada da safra da soja, também tem preços em queda, sendo vendido abaixo dos
R$ 28 a saca em algumas regiões do Estado. Tal valor só cobre os custos de
produção, segundo o presidente da Associação dos Produtores de Milho
(Apromilho/RS), Cláudio Luiz de Jesus. O levantamento da Emater mostrou que o
preço médio desta semana é R$ 27,67, abaixo da série histórica de fevereiro, de
R$ 33,55. A produção de milho no Estado está projetada em 5,6 milhões de
toneladas.
O
comportamento da cotação do arroz é diferente. O preço médio da semana é de R$
48,53, acima dos R$ 42,54 da série histórica. O diretor comercial do Irga,
Tiago Barata, explica que a manutenção dos preços tem a ver com estoques baixos
do produto, um pequeno atraso da entrada da safra em função das temperaturas
baixas no início do ciclo e previsão de uma produção dentro da normalidade, de
8,3 milhões de toneladas, segundo a Emater. "Será um ano de oferta
ajustada com a demanda. Na colheita os preços tendem a cair, mas acreditamos
que a desvalorização vai ser menos intensa”, avalia.
Fonte:
Correio do Povo
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