Atrasos de repasses do governo do Estado são principal motivo
para falta de pagamentos
Santa Casa de Rio Grande deve iniciar mais uma
paralisação
Foto: Santa Casa de Rio Grande / Divulgação CP
Atrasos
em salários já provocam greve em cinco hospitais filantrópicos do Rio Grande do
Sul. O balanço, divulgado nesta terça-feira, é da Federação dos Empregados em
Estabelecimentos de Saúde do Estado do RS (Fessers). A situação mais crítica é a
da Santa Casa de Santana do Livramento, onde a paralisação já dura 43 dias. Os
trabalhadores exigem parte pendente dos salários de novembro e dezembro, o 13º
e nove meses de vale-alimentação.
Na região
de Santa Maria, em duas cidades – Cacequi e São Francisco de Assis –, há
hospitais com registro de greve: o Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev) e
o Hospital Santo Antônio, respectivamente. Na Região Sul, o quadro de pessoal
do Hospital de Caridade de Canguçu paralisa há uma semana. Nesta quarta, a
Santa Casa de Rio Grande também passa a enfrentar uma greve.
Na Região
Nordeste, funcionários voltaram a cruzar os braços no hospital São Paulo, de
Lagoa Vermelha, que já registrou paralisação em dezembro. No Noroeste,
funcionários do Hospital São Vicente de Paulo, de Cruz Alta, também podem
entrar em greve.
Os
motivos incluem, sobretudo, o atraso de salários de novembro, dezembro e do
13º. A falta de repasses do governo estadual agravou a situação dos hospitais,
que respondem pelo atendimento de 70% dos pacientes do SUS no RS.
Pelo
menos oito liminares garantindo repasses em dia foram concedidas pela Justiça a
hospitais filantrópicos e Santas Casas em 2016, mas o Estado descumpriu as
decisões. Na semana passada, pelo menos 60% das 245 Santas Casas e hospitais
filantrópicos diziam não ter verba suficiente para a folha de dezembro. O setor
denuncia a falta de R$ 180 milhões em repasses de cinco meses de programas
específicos em 2016, pelo governo estadual.
Pesquisa
realizada pela Federação das Santas Casas junto a hospitais associados mostra,
ainda, que 39% informaram ter atrasado férias, que 27% ainda não cumpriram com
o pagamento do 13º e que 42% estão com salários atrasados de outros meses.
Fonte: Rádio Guaíba
Correio do Povo
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