quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Direção Geral de Aeronáutica da Bolívia suspende licença de voo da Lamia

Causa mais provável da tragédia que provocou a morte de 71 pessoas é a de "pane seca"

Queda do avião provocou a morte de 71 pessoas | Foto: Polícia Antioquia / Twitter / Divulgação / CP
   Queda do avião provocou a morte de 71 pessoas | Foto: Polícia Antioquia / Twitter / Divulgação / CP

A direção de Aeronáutica civil da Bolívia suspendeu a licença de voo da companhia aérea Lamia, dona do avião que caiu com a delegação da Chapecoense na Colômbia. "O governo instruiu a suspensão do certificado de operador aéreo (da empresa Lamia) e uma investigação" sobre as permissões da empresa, seus proprietários e capital, informou o ministro de Obras e Serviços Públicos, Milton Claros.



Segundo informações da Agência ANSA, a decisão foi anunciada por meio de um comunicado divulgado pelo órgão nesta quinta-feira, menos de um dia depois da revelação de que a aeronave estava com os tanques de combustível vazios quando se acidentou. 

A causa mais provável da tragédia é pane seca, que pode ter provocado a falha elétrica "total" reportada pelo piloto do avião, Miguel Quiroga, uma das vítimas do desastre e também sócio da Lamia. Fundada em 2009, na Venezuela, a empresa começou a operar em 2014 e pouco depois transferiu sua sede para a Bolívia. Sua especialidade eram voos fretados para times de futebol da América Latina, já que oferecia flexibilidade para pousar em aeroportos remotos.

Além da Chapecoense, usaram seus serviços times como o colombiano Atlético Nacional, rival da equipe catarinense na final da Copa Sul-Americana, o boliviano The Strongest e até a seleção da Argentina. O avião que levava a Chapecoense era o único de sua frota em condições de operar.

O piloto do voo, Miguel Quiroga, tinha 36 anos, era casado e pai de três filhos. Ele havia comprado a Lamia de empresários venezuelanos em 2014, ao lado do amigo Marco Rocha Venegas, também piloto. Segundo este último, não há nenhum vínculo entre a companhia atual e a anterior.


Agência Brasil
Correio do Povo

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