terça-feira, 29 de março de 2016

Por aclamação, PMDB desembarca do governo Dilma

Partido deixou oficialmente base governista em reunião do Diretório Nacional

Em reunião do diretório nacional, o PMDB decidiu
   Em reunião do diretório nacional, o PMDB decidiu "desembarcar" do governo federal
   Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados / CP

Como já era esperado, o Diretório Nacional do PMDB decidiu na tarde desta terça-feira, por aclamação, deixar a base aliada do governo Dilma Rousseff. A decisão foi anunciada pelo senador Romero Jucá (RR), vice-presidente da legenda, que substituiu o presidente nacional do partido e vice-presidente da República, Michel Temer. O PMDB também decidiu que os ministros do partido deverão deixar os cargos. Participaram da reunião mais de 100 membros do diretório.

Dono das maiores bancadas no Congresso Nacional (68 deputados e 18 senadores), o PMDB poderá definir o futuro de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Aliado desde o primeiro governo Lula, o partido foi  fundamental na aprovação de muitos dos projetos propostos pelo PT. Mas, com a crise política e os  escândalos que marcaram o governo Dilma, a decisão foi pelo rompimento.

Com a definição, o partido entregará os sete ministérios e os cerca de 600 cargos no primeiro escalão  do governo federal. Na segunda-feira, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, se antecipou a  decisão do diretório nacional e pediu exoneração. Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e  Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia), Mauro Lopes (Secretaria de Aviação Civil), Kátia Abreu  (Agricultura) e Helder Barbalho (Secretaria de Portos) terão até o dia 12 de abril para deixar os  cargos.

Temer, que é presidente nacional do partido e um dos principais articuladores do “desembarque”,  preferiu não comandar a reunião do diretório para se preservar. O objetivo é não passar a imagem de que comandou o processo de rompimento.


Correio do Povo e Agência Brasil

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