terça-feira, 29 de março de 2016

Jacques Wagner afirma que saída do PMDB vem em boa hora para "repactuar governo"

Ministro do Gabinete Pessoal projeta aproximação com outras forças políticas para prosseguimento do mandato

Ministro do Gabinete Pessoal projeta aproximação com outras forças políticas para prosseguimento do mandato | Foto: Marcelo Camargo / ABr / CP
   Ministro do Gabinete Pessoal projeta aproximação com outras forças políticas para prosseguimento do mandato
   Foto: Marcelo Camargo / ABr / CP

O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, afirmou nesta terça-feira que o Palácio do Planalto recebeu com naturalidade a notícia do rompimento do PMDB com o governo. Para o ministro, o anúncio chega em "boa hora" e abre a oportunidade de "repactuar" o governo com outras forças políticas. Segundo ele, ao mesmo tempo em que perde um "parceiro importante", a presidente Dilma Rousseff já promove conversas no sentido de abrir espaço para novos aliados.

Nesta terça-feira, o Diretório Nacional do PMDB decidiu deixar a base aliada do governo e anunciou que os ministros do partido deverão deixar os cargos. Jaques Wagner informou que a presidente terá uma reunião com o núcleo duro do seu governo, da qual poderá participar o ex-presidente da República e indicado para chefiar a Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva. Até sexta-feira, deve haver novidades sobre o que chamou de repactuação.

Segundo Wagner, a agenda do governo nesta nova fase será conquistar votos para conseguir barrar o processo de impeachment que tramita no Congresso Nacional contra Dilma, classificado por ele de golpe. "Impeachment sem causa é golpe", frisou. Sobre quais ministros da legenda devem permanecer no governo, Jaques Wagner disse que não sabe ainda, e que a presidente não conversou com ele após a decisão do PMDB.

"Ela está analisando a decisão. Para nós, o que interessa é que abriu um espaço de repactuação. Alguns falam em nova fase do governo, em que sai um aliado longa data. Acho que foi bom que o PMDB tomasse a decisão antes da votação do processo de impeachment. Dá oportunidade para a presidente repactuar o governo, não apenas para a votação que aproxima, mas para os dois anos e nove meses que restam de mandato", enfatizou.


Agência Brasil
Correio do Povo

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