quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Conclusão do inquérito que reinvestiga morte da mãe de Bernardo ficou para o fim do mês


Conclusão do inquérito que reinvestiga morte da mãe de Bernardo ficou para o fim do mês
   Análise da reconstituição do caso ainda não foi concluída/Foto: Arquivo/TP News

A conclusão do inquérito que busca esclarecer a morte de Odilaine Uglione esperada por grupos nas redes sociais para esta quarta-feira, 17, não aconteceu. Segundo fonte ligada ao setor de investigação, no final de fevereiro, expira o novo prazo de dois meses concedido pela Justiça à Polícia Civil para a conclusão das novas investigações. A análise da reconstituição do caso, realizada no dia 16 de dezembro, ainda não foi concluída.

Após pedido feito pelo delegado Marcelo Lech, que pretendia ouvir mais testemunhas após a reconstituição da morte de Odilaine Uglione, a juíza Vivian Feliciano de Três Passos autorizou a prorrogação por 60 dias do inquérito que investiga a morte da mãe do menino Bernardo. Feriados de fim de ano e de Carnaval teriam atrasado a conclusão dos trabalhos de investigação.

A reabertura do caso aconteceu em maio de 2015 após pedido do Ministério Público. O motivo foi uma perícia particular contratada pela família de Odilaine na suposta carta de suicídio. Conforme o perito, o documento não foi escrito por ela, e sim, por Andressa Wagner, secretária de Leandro Boldrini na época. Andressa nega.

Apesar de reiterar que a carta partiu do punho de Odilaine, o IGP manteve a incerteza referente à autoria do disparo. Conforme a simulação, o tiro que a matou pode ter sido disparado por Odilaine ou por uma segunda pessoa.

O IGP também analisou o material encontrado sob as unhas da mulher que havia sido coletado no dia da morte, em 10 de fevereiro de 2010, e o comparou com o DNA fornecido por Boldrini, então marido de Odilaine. Neste caso, a análise também não foi conclusiva para indicar se houve, por exemplo, uma luta corporal.

Entenda o Caso Odilaine
Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.

Já a defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.

Entenda o Caso Bernardo

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Dez dias depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Foram presos o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa, identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados e irão a julgamento.


Fonte: Três Passos News

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