Seu Carlito e Dona
Maria - desolados pela não localização do corpo do neto
Pessoas simples, trabalhadoras e que lutam incessantemente para
dar uma vida digna a seus familiares, Carlitos Ribeiro, 69 anos e Maria de
Lurdes Poli Ribeiro de 66 anos, falaram pela primeira vez sobre a morte do neto
Patrick Luan Ribeiro, cujo corpo ainda não foi localizado, em crime sob
investigação da Polícia Civil de Panambi.
Conforme investigação policial, Patrick teria sido morto em
emboscada realizada por “pseudo-justiceiros” indignados com um furto ocorrido
no bairro Planalto, e ocultado o corpo da vítima em local incerto e não sabido.
Em entrevista exclusiva, aos jornalistas Alex Manchini e Jorge
Arruda do Jornal A Notícia do Vale, os familiares de Patrick Luan falaram
sobre as esperanças na localização e na investigação judicial. Conforme Maria
de Lurdes, a família não nutre mais esperanças em localizar o neto com vida.
Para avó, consternada com a brutalidade da morte, a falta do neto que, poucos
dias antes do desaparecimento havia concordado em internar-se em uma clínica de
reabilitação para dependentes químicos, traz uma grande dor na família, que
teve tirada de si o direito de enterrar seu ente querido. “Não estamos pedindo nada demais. Só
queremos o corpo de nosso neto para sepultar com dignidade, junto da falecida
mãe dele”, clama a avó.
Durante a entrevista, uma informação reveladora, que consta nos
autos investigativos do inquérito que apura a morte de Patrick Luan Ribeiro: -
Os avós afirmam terem ouvido do familiar de um dos indiciados, que os mesmos
atiraram para cima e não tinham a intenção de matar a vítima. “Nós
fomos buscar a ajuda da Defensoria Pública nas investigações, quando uma
mocinha nos atendeu e disse que não podia me ajudar, porque um cunhado dela era
um dos suspeitos.”, afirma Carlitos Ribeiro.
Conforme relato dos avós, a atendente ainda perguntou se eles
tinham certeza da morte de Patrick, informando em qual direção os suspeitos
haviam atirado: - “Ela falou
que eles atiraram pra cima, e que não tinham a intenção de matar o Patrick, só
dar um susto. Nós já falamos isso lá na Delegacia e reconhecemos a moça numa
foto que o Delegado nos mostrou!”, revela Maria de Lurdes Poli
Ribeiro.
Mesmo convivendo com a falta do neto e dizendo que, por várias
vezes, haviam aconselhado ele para que parasse de furtar e de usar
entorpecentes, os avós creem na localização do corpo e na punição dos culpados.
“A gente sempre aconselhava
o Patrick, mas o maldito vício da droga fazia ele voltar a roubar. Mesmo assim,
ninguém tinha o direito de fazer essa judiaria com ele. Eu não vou descansar
enquanto não achar o corpo do Patrick pra enterrar! Mais isso vai acontecer !
Eu acredito na Justiça dos homens e na Justiça de Deus”, afirma a
avó emocionada.
Fonte: Jornal A Notícia do Vale/Jornalista Alex Manchini - Foto:
Jornalista Jorge Arruda
AgoraJa.Net
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