terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Chega ao Canadá família do garoto sírio símbolo da tragédia dos refugiados

Foto do corpo do menino sírio Aylan Kurdi em uma praia chocou o mundo

Foto do corpo do menino sírio Aylan Kurdi em uma praia chocou o mundo | Foto: Nilufer Demir / Dogan News Agency / AFP / CP
   Foto do corpo do menino sírio Aylan Kurdi em uma praia chocou o mundo
   Foto: Nilufer Demir / Dogan News Agency / AFP / CP

Familiares do menino sírio Aylan Kurdi chegaram nesta segunda-feira a Vancouver, no oeste do Canadá, após receberem o "status" de refugiados. Encontrado afogado em uma praia turca, o pequeno Aylan se transformou no símbolo do drama dos imigrantes sírios, que fogem da guerra civil em seu país. 

Tima Kurdi, tia de Aylan que mora em Vancouver depois de ter imigrado para o Canadá em 1992, recebeu às lágrimas o irmão Mohamed – outro tio do menino –, sua mulher Ghousun e os três filhos do casal no aeroporto. "Obrigada aos canadenses e obrigada ao nosso primeiro-ministro (Justin) Trudeau por abrir a porta e por mostrar ao mundo como todos deveriam receber os refugiados e salvar vidas", declarou Tima Kurdi aos jornalistas que acompanharam o encontro. 

A foto de Aylan Kurdi, de três anos, afogado, chocou o mundo e, no Canadá, deflagrou polêmica em plena campanha das eleições legislativas. O governo canadense foi, erroneamente, acusado de ter rejeitado o pedido de asilo para Abdallah Kurdi, seus dois filhos pequenos (Aylan era um deles) e sua mulher. Os três morreram afogados. O governo teve de explicar que não recebeu o pedido da família. 

Tima Kurdi reconheceu que seu "patrocínio" foi feito para a família de Mohamed, mas não para a de Abdallah por falta de dinheiro. Na semana passada, o pai de Aylan pediu "ao mundo inteiro que abra suas portas aos sírios". Tima espera que seu irmão possa trabalhar com ela em seu salão de beleza. 

Devido às dificuldades logísticas e administrativas, o novo governo canadense reconheceu, antes do Natal, que a meta de acolher 10 mil refugiados sírios até o final do ano deveria ser adiada. Ao todo, espera-se a chegada de 25 mil sírios ao país até o final de fevereiro. A maioria é "apadrinhada" por familiares e organizações beneficentes.


AFP
Correio do Povo

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