quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Carta de despedida foi escrita pela mãe de Bernardo, diz IGP


Carta de despedida foi escrita pela mãe de Bernardo, diz IGP
   Hipótese de homicídio não pode ser descartada, diz perito/Fotos: Reprodução

A Polícia Civil do RS tem ainda mais dois meses para concluir as investigações sobre a morte de Odilaine Uglione, mas o resultado da análise da carta de despedida da mãe do menino Bernardo foi divulgada nesta quarta-feira, 23, pelo Instituto Geral de Perícias - IGP. 

Conforme o IGP, a equipe de peritos especialistas em grafoscopia afirma que o documento foi escrito por Odilaine Uglione, encontrada morta no escritório do então marido, o médico Leandro Boldrini, em 2010, em Três Passos. O exame foi realizado a pedido da Polícia Civil após uma perícia particular contratada pela família de Odilaine concluir que a letra na carta não era dela.

O IGP concluiu quase todas as perícias do caso. No exame de balística, não foi possível concluir quem efetuou o disparo. Sobre o exame de DNA realizado nas unhas de Odilaine, o resultado foi inconclusivo. A única perícia que ainda falta ser concluída é a reconstituição da morte de Odilaine.

A dúvida que ainda persiste e que precisa ser analisada é sobre o fato de Boldrini estar ou não dentro da sala no momento do tiro. Se ele correu antes ou depois do disparo. A hipótese mais provável ainda é o suicídio, mas que o homicídio não pode ser descartado, segundo o diretor-geral do IGP, Cléber Muller.

Entenda o Caso Odilaine

Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.

Já a defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.


Fonte: Três Passos News

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